Salve, irmandade! Escolho esta foto, entre tantas centenas de outras, para marcar um rito de passagem: meu primeiro ano no processo existencial-amoroso FF&GUS.
A foto é de uma tarde de sábado, antes de sairmos do cafofo do amor, para atender as crias, que brincavam no bosque-quintal, e compreenderam quando dissemos que a porta estaria fechada para o momento de estarmos juntos, só os adultos, cultivando nosso Amor.
Começamos oficialmente no 25 de agosto de 2021, mas eu não lembrava da data. Precisei de alguns minutos rolando a tela do celular para rever todos arquivos do WhatsApp.
Busquei o dia, não com intenção romântica, pois felizmente estou curada dessa praga que me absorvia no passado. Quis ter um parâmetro também cronológico da experiência constante da eternidade através do mergulho em nosso erotismo sagrado.
O tempo para na integração sexualidade-espiritualidade, irmandade. As identidades/ egos/ personagens morrem. Ficamos nus, em carne viva, sem as turbulências da mente. Os corpos abertos e entregues às asas das almas. Tudo isso de maneira natural, orgânica. Não usamos nenhum tipo de substância para induzir estados alterados de consciência. Nada.
Finalmente, com o Gus, depois de duas relações anteriores muito importantes e de um segundo período celibatário em minha vida, de 3 anos, sou radicalmente o que sou. Sem nenhuma negociação com a falsidade para manipular, agradar ou seduzir. Encarno minha presença plena. Desmascarada.
Abro mão de meus velhos e conhecidos jogos neuróticos de poder, mesmo ouvindo o ego gritando algumas vezes que sofre, reclamando do quanto é ph@da conviver com as profundas diferenças que obviamente existem entre nossas personalidades e biografias.
Sorte que minha alma está montada em meu ego, irmandade. E escolhe o que o ego tem de bom e potente para ajudar em minha Jornada e não para destruir as oportunidades de crescimento. Essa é a melhor consequência de toda minha jornada de despertar e autoconhecimento, iniciada há mais de 20 anos.
Minha alma detecta os mecanismos de sabotagem do ego para impedir que eu siga me transformando. Pois irmandade, não tem jeito: relação erótica-vital de verdade é trabalho! Não é só go.zo e água fresca.
Relação erótica-vital de verdade é como a natureza: constante fluxo de vida e morte. Precisamos de coragem para enfrentar as sombras e fazer os funerais dos aspectos de nossa identidade que não servem mais no aqui e agora, e então conseguir abrir novos espaços para a compreensão sobre nós e sobre o AMAR.
Pois relação erótica-vital de verdade é sobre AMAR, mais que esperar ser Amada, irmandade. Felizmente, eu venho aprendendo a me Amar cada vez mais. Fiz a travessia, que também provoco vcs a fazerem, em suas jornadas de autotransformação: da dor ao amor próprio.
Estando em amor comigo, me sinto nutrida, amparada, serena e em paz. E desde aí, me sinto aberta para amar e aceitar o GUS como ele é, com todas as suas imensas virtudes e também naturais imperfeições. Não me permito ceder à neurose infantil que sempre nos cobra para que as pessoas se encaixem em nossas vidas como nós queremos, como personagens perfeitos, de roteiros de relações perfeitas, que não existem.
E essa é a maior das Graças da vida: aprender a Amar e sermos Amados como somos. Desde aí, nascem o erotismo e a eternidade do êxtase que buscamos.
Em amor e coragem,
Fernanda Franceschetto
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Laboratório do Amor FF