2017: Por que não ir nua?
2017: Por que não ir nua?
Não condenes minha nudez tão depressa.
Homem é aquele que treme na Presença.
Destes, existem muito poucos.
Por que não ir nua?
É preciso alimentar o cordeiro da experiência
e prepará-lo para o sacrifício.
Então desaparecerão todos estes costumes,
Como o de usar roupa.
Só resta a alma.
Lalla ( Lal Ded )
Salve, Irmandade!
Fui encontrada por Lalla ao abrir um livro na Universidad de la Mística, em Ávila, Espanha.
Cada palavra em seus poemas descreviam passos de minha caminhada em busca de meu corpo e alma para tornar-me a mulher que sou.
Uma das raras místicas da Índia, entre tantos homens, começou a andar nua, coberta por seus longos cabelos, depois de abandonar o casamento – em que era abusada de diversas formas – e optar pela convicção interior x a convenção exterior.
Sua nudez não foi apenas símbolo de ascetismo, mas de coragem para ser quem ela intimamente queria ser, em plena Cachemira do século XIV.
Ela confiou no chamado da essência, da luz interna.
E transmitiu, comunicou, entregou em palavras a travessia, a jornada, a viagem em si mesma.
Lalla fez valer sua vida, iluminou-se na Verdade:
a experiência do Reconhecimento em ser uma com o Absoluto.
A cada passo na luz, mais viva torna-se a trilha.
A trilha para ser o que se é.
A trilha para realizar-se como ser humano e divino.
A trilha para servir ao Amor.
A trilha sem retorno, radical.
O que Lalla diz ao “alimentar o cordeiro da experiência e prepará-lo para o sacrifício”.
Há uma sensação de poder íntimo no sacrifício do ego, cuja recompensa é: a liberdade do ser.
O ser livre, a alma nua, experimenta-se, transforma-se e voa cada vez mais alto; não pode mais ser aprisionado pelos costumes do mundo, pelas “roupas” que vestimos.
Deixa-se de estar refém do olhar do outro; de qualquer tipo de expectativa e julgamento sobre nós.
E ao mesmo tempo, há respeito e reconhecimento do valor e da beleza que há em todos e em tudo.
A vida torna-se uma celebração íntima, um milagre.
O ser nos leva ao êxtase no corpo, tanto em estados solitários quanto na relação interpessoal.
A sexualidade é vivida na profundidade do ser.
Ao ter coragem para buscar a reintegração da vulva ao corpo inteiro, ao coração e à consciência, pode-se acessar a experiência da unidade-totalidade: os orgasmos expandem-se energeticamente por todo o corpo, mais além da vulva, da vagina, do clitóris…levam a estados de êxtase místicos, de morte do ego, de alteração da consciência, de encontro com o Absoluto.
Quando a mulher começa a desnudar-se, a experimentar o corpo íntimo, a abrir-se para o poder sexual-espiritual que há nela, não aceitará mais qualquer tipo de companhia ou qualquer tipo de sexo.
Não conseguirá voltar a permitir que o corpo seja um receptáculo da masturbação alheia.
Também não agirá desta forma com o corpo do outro.
Compreenderá a sabedoria do êxtase que oculta-se sob a carne: experimentará o ser sexual-espiritual que É.
E assim, como sacerdotisa erótica, poderá guiar a si mesma e ao outro – interessado em aprender, em acompanhar sua guia, desde um novo estado de consciência – a dançar a Presença, a Intimidade profunda e absoluta do corpo- essência.
Seguramente, como já dizia Lalla:
“ Homem é aquele que treme na Presença.
Destes, existem muito poucos.
Por que não ir nua?”
Te desnuda, Mulher.
Tua vulva é a tua cara limpa.
Busca a Ti mesma.
Sem maquiagem.
Sem truque.
Te experimenta.
A Verdade está em teu interior.
Tu és Êxtase.
Tu és Amor.
Tu és Luz.
. . .
* Lalla, Lal Ded, pertence a tradição do Shivaísmo da Cachemira: a doutrina do Reconhecimento – descobrir que tu és um com o Absoluto – também denominada Pratibhigana Darshan. A influência de Lalla na língua kashimir, é comparável a de Cervantes para o espanhol.
Irmandade, seguimos unidos!
Bençãos de coragem, fé e amor!
Fernanda Franceschetto
fêmea, filha, mãe, terapeuta, atriz, jornalista e mística
www.fernandafranceschetto.com
IRMANDADE SEJA BEM- VINDA, AQUI E AGORA!
IRMANDADE SEJA BEM- VINDA, AQUI E AGORA!
Tornar-se presente é a única maneira de tornar-se consciente e iniciar um caminho de liberação e cura da doença da civilização dentro de si mesmo e no entorno que vivemos.
Fernanda Franceschetto
Irmandade, seja bem-vinda, aqui e agora!
Minhas mãos sorriem ao comunicar o parto do site FF!
Depois de 1000 dias de vivência integral e exclusiva da maternidade, estou abrindo este espaço para compartilhar experiências femininas, espirituais e profissionais de minha caminhada de autotransformação e o projeto
Vulvoscopia FF – experimenta a mulher que tu és:
um processo terapêutico criado especialmente para o público feminino, baseado na terapia gestalt e em minha própria transformação como mulher.
No site FF vocês poderão acompanhar as diferentes fases e vocações de minha vida como atriz, jornalista, fêmea, mãe, mística e agora, assumindo em público, a gestalt- terapeuta à serviço do amor ao próximo e à evolução da consciência.
. . .
Estou aqui para compartilhar a Vida!
Vamos nos dar as mãos, de verdade!
Eu recebo a tua e te ofereço a minha.
Sente o calor em nossa pele!
O que há em nós vibra!
Somos seres de energia.
Todos nós vibramos.
Se não experimentas assim, vai te des – cobrir!
Tua cabeça ainda não permite; e posso compreender.
A mente confunde e sabota a realidade viva e íntima.
Mas teu corpo sabe.
Teu corpo te conhece, mais além do discurso.
Te faço um convite: começa a habitar o teu corpo.
Teu corpo é o guia e o templo para a genuína felicidade.
Quando experimentares a ti mesmo, o que és realmente, poderás tornar-te consciente de teu ciclo de sofrimento e dependência social, afetiva, sexual, alimentar, psicológica, familiar, etc.
Só através da experiência íntima, direta e vivencial, poderás dissolver as crenças e padrões negativos de pensamento que te fazem ter uma vibração energética baixa – e também por isso, atrair situações e pessoas de baixa vibração, aumentando teu desespero e sofrimento no viver.
As crenças e padrões de pensamentos negativos e limitantes tem raízes no passado e projeções no futuro.
É preciso aprender a integrar estas “viagens no tempo” à realidade do presente; limpando o que não serve para o aqui e agora!
A mente nos faz voar e o corpo fica desabitado, ausente!
Como saber o que realmente sentimos ou queremos sem aterrissar no próprio corpo, sem estar consciente no tempo real: aqui e agora?
O presente é a vida real: é aqui e agora.
Para Fritz Perls, criador da gestalt-terapia, o neurótico é incapaz de viver no presente.
Todos somos neuróticos, em maior ou menor grau; para Freud a neurose é o mal universal.
É algo que se passa por “contaminação”, por cairmos em um mundo doente, através das pessoas que mais amamos em uma cultura doente, em uma educação doente, em uma civilização doente, como diz o psiquiatra, psicoterapeuta- gestalt e educador Cláudio Naranjo – indicado ao Nobel da Paz.
Tornar-se presente é a única maneira de tornar-se consciente e iniciar um caminho de liberação e cura da doença da civilização dentro de si mesmo e no entorno que vivemos.
Ter consciência é ter consciência aqui e agora.
O processo de tornar-se presente leva ao continuum
de autoconhecimento genuíno.
O que está dentro, está fora.
O mal/neurose/doença que há dentro de nós, também está no ambiente/mundo fora de nós: o egoísmo voraz que molda a personalidade em uma civilização baseada em conquista/competição x comunhão/ solidariedade.
É a partir da coragem de “descer ao inferno” e encarar o nosso ego, a imagem ideal/ irreal/ mentirosa de nós mesmos, é que vamos poder despertar a consciência, a compreensão, o perdão, a transformação e a aceitação perante a soberania da Vida.
A essência da transformação interior é morrer e renascer; tanto na gestalt- terapia, de acordo com Fritz Perls, como em todas as tradições espirituais, de distintas maneiras, segundo Cláudio Naranjo.
Quanto mais presentes nos tornamos, maior é a liberação do condicionamento egoico- cultural e, por tanto, menos sofrimento e mais alta vibração energética: mais prazer em estar vivo e gozar sendo o que se é!
Deixa-se de andar em círculo escuro para estar em espiral de claridade; onde o processo de r- evolução interior torna-se uma íntima realidade amorosa
e frutifica em ações no mundo!
Felicidade é quando se descobre que a identidade profunda de si mesmo não é diferente da identidade do Todo: é a experiência unitiva, a re- descoberta de si mesmo, no próprio corpo-templo-essência.
Sejamos a r- evolução!
Façamos em nós mesmos o que queremos no mundo!
Irmandade, seguimos unidos, aqui e agora!
Bençãos de coragem, fé e amor!
Fernanda Franceschetto
fêmea, filha, mãe, terapeuta, atriz, jornalista e mística
www.fernandafranceschetto.com