Pouco antes de fazer este auto-retrato, recebi a enésima notificação do instagram excluindo um texto meu (há meses já publicado), sobre a relação entre a vulva e a alma: o SER de uma mulher.
Na imagem que acompanhava o texto, um corpo feminino deitado e sua genitália moldada como escultura.
Foto-registro de um artista alemão que admiro muito.
Tanto ele quanto eu, perseguidos pela ignorância, seguimos defendendo nossa voz, nosso direito de expressão para libertar o corpo e a alma feminina da violência e da hipocrisia de uma sociedade construída a base da opressão, violação e castração das mulheres desde nossa natureza mais íntima-erótica-espiritual à submissão psicológica, emocional e física perante códigos e crenças patriarcais-familiares-religiosas-educacionais-sociais-econômicas-políticas.
Tenho uma jornada de vida como mulher e profissional que com extrema coragem “botava o pau na mesa” para enfrentar todos os “homens poderosos” que se achavam no direito de me possuir e negociar meu futuro.
Escolhi as saídas mais difíceis das relações pessoais e profissionais traumáticas para o meu ser mulher.
Todas as dores vividas se tornaram guias, mestras em me ensinar que lutar de igual pra igual com homens ignorantes e feridos pelo mesmo sistema que o meu masculino interior tentava combater só reforçava meus traumas e gerava ainda mais violência e desespero.
A luz que sempre entra através das feridas me indicou que o caminho para a cura estava em encontrar o Amor absoluto por minha própria existência. E o primeiro passo foi resgatar minha vulva do patriarcado, tanto como imagem-símbolo quanto realidade imediata da potência máxima criadora da vida, da conexão total com a sexualidade-espiritualidade, com os aspectos imanentes e transcendentes da divindade que me habita, da divindade que eu sou.
Sim. Sem pudor eu vivo, sinto e reverencio o encontro da deusa e do deus dentro de mim.
Que felizmente, como consequência de meu trabalho interior diário e ininterrupto, fazem muito mais amor que briga.
Estou entregada e comprometida ao encontro curativo entre o feminino e o masculino, dentro e fora de mim, todo santo dia.
Sou amor.
Sou luz.
E as trevas combaterei, estejam onde ou em quem estiverem.
Texto de Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF: A jornada íntima sem tabu
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