Salve, mulher. Salve, irmandade.
Não há espiritualidade que não seja terrena, na carne tomada por corajosa e plena presença.
A embriaguez do êxtase – aspecto transcendente/ divino de nossa existência – torna-se autoengano e fuga se não canalizada como potência para enfrentar nossas sombras e para servir uns aos outros.
Somos muito mais sombras do que luzes.
Enquanto não aprendermos a dançar e a encarar os passos íntimos e negados de nossa própria ignorância, não nos sentiremos inteiros, livres, seguros e abertos em nossa nudez radical, em nosso estado natural, não domesticado.
Abre-te para tua própria sombra.
Acolha a sombra do outro.
Baila com as trevas.
Perca o medo do escuro.
Fecha os olhos.
Entra em ti.
Aí encontrarás o território que precisas penetrar, conhecer, gozar, gritar, chorar, santificar.
Qual é o caminho? Tu és o caminho. Caminha!!!
Bençãos de coragem, fé e amor
Fernanda Franceschetto
fêmea, filha, mãe, gestalt-terapeuta, jornalista, atriz e mística moderna
www.fernandafranceschetto.com