Salve, irmandade! Tenho vivido o fim de ano mais inspirador de todos os meus tempos. Me sinto atravessando um velho mundo, onde tudo o que não me faz sentido, incluindo estilo de vida e pessoas que amei muito, vão ficando finalmente para trás.
Me sinto em plena abertura ao novo mundo. Ao autêntico Natal: o nascer de uma nova e sagrada vida, parida na coragem da entrega à guiança total do divino coração.
Mais do que nunca, meu estado Presente é o de Coragem:
o caminho do meio entre minha própria covardia e imprudência.
Não quero mais ser covarde com minha alma e me impedir de pari-la e vivê-la no corpo/mundo com toda potência e go.zo de sentido e sentimentos.
Também não quero mais ser imprudente com minha alma, e me lançar à voracidade do CORPO/ego, que exige o cumprimento de todas as metas que (falsamente) lhe saciam a vaidade na busca pelo reconhecimento alheio.
Quero fazer valer o milagre de estar viva, aqui e agora, sendo tudo o que sou. Há 12 anos, nesta época, vivi a última experiência de quase morte física, na belíssima praia selvagem da foto acima, aos meus 33 anos.
Foi o rito iniciático mais intenso de minha vida (antes do parto pélvico de minha filha): ao entrar no mar fui sugada instantaneamente por uma corrente até bem longe nas pedras, onde homens que pescavam me viram e nada fizeram. Eu não conseguia me mexer, apesar de ser ótima nadadora. Com a água no queixo, contemplei a aparição de três cruzes no topo da montanha em frente ao mar. Respirei. Senti paz. E orei na entrega: “Seja Feita a Vossa Vontade”. Experimentei tudo o que SOU: A ALMA QUE NÃO MORRE.
Quando já não poderia mais sustentar o corpo fisico, meu antigo cunhado, pescador-surfista, entrou no mar e lançou uma prancha para me salvar.
Neste 26 de dezembro, celebrei meu Natal físico e espiritual, com minha nova família, pela primeira vez comigo no Gravatá. Nos batizamos juntos nas águas e nos abraçamos também no alto do morro, onde estavam as 3 cruzes que acionaram minha fé na travessia da morte-vida e no renascimento da Afrodite, da deusa do Amor, nascida do mar, que me habita e guia.
Feliz Nascimento do Milagre da Vida que SOMOS, irmandade!
Em amor e coragem,
Fernanda Franceschetto