TERAPIA GESTALT - TRANSPESSOAL
“O homem transcende a si mesmo somente através de sua verdadeira natureza, não através da ambição nem de objetivos artificiais.”
Fritz Perls
Escolho esta frase do criador da gestalt-terapia para resumir o que eu, como pessoa e terapeuta, acredito ser o maior desafio da vida: conhecer e transformar a si mesmo para poder experimentar a essência que nos une a todos e ao Todo; e assim, de fato, aprender a desapegar-se da condição egocêntrica – “indivíduo-dualista” que aprisiona o viver em sofrimento, ignorância e vitimismo.
Na terapia gestalt o terapeuta é o instrumento da terapia, utiliza-se a si mesmo como pessoa, mais que como técnico ou como espelho.
Por isso, existem tantas formas de fazer gestalt como gestaltistas, configuradas a partir do processo de cada terapeuta e transmitidas através de uma determinada atitude vital.
No meu caso, não há como negar o fato de ter uma imagem pública referente aos 15 anos em que estive na mídia; primeiro como jornalista, repórter e apresentadora de TV; depois como atriz de teatro, cinema e televisão – no canal de séries mais visto no mundo.
Integro à gestalt, minha trajetória jornalística e artística – que pode ser vista em outras sessões do site FF – como um contágio de coragem e fé na transformação pessoal, na desconstrução da autoimagem e da individualidade egocêntrica, no desapego do status em “ ter ( x ser)”, no convite público em carne viva à experiência da travessia do “falso eu” à essência da verdade que habita em cada um de nós.
A travessia do pessoal ao transpessoal – ou espiritual.
É neste sentido que incorporo e ofereço a terapia.
Na gestalt acessamos o transpessoal justamente a partir do pessoal: do trabalho em si, da revelação do falso, da máscara, transcendendo os limites da personalidade condicionada, do ego, recuperando o aspecto espiritual do ser humano.
Segundo Cláudio Naranjo, herdeiro imediato de Fritz Perls, criador da gestalt, as maiores diferenças características nesta terapia são realmente transpessoais; e por transpessoal, ele quer dizer aquilo que está além da personalidade condicionada e individual:
“ ainda que a gestalt-terapia tenha sido reduzida a uma abordagem humanista ao invés de uma abordagem transpessoal – atualmente quando ambos os termos são dominantes no sistema de pacotes psicológicos – reflete uma tendência( pelo menos nos anos anteriores) de associar o transpessoal com o campo visionário, estados alterados de consciência e o paranormal, do que com a base de todos eles: a própria consciência. Entretanto, o fato é que a consciência é transpessoal. Ou, usando um termo mais recente, espiritual.”
Claudio Naranjo
O objetivo na gestalt-terapia é a ampliação da consciência através da experiência atual, do “ Aqui e Agora”.
Um processo de “ dar-se conta” (awareness) de si mesmo, da relação com o outro e do ser-no-mundo a partir da totalidade da experiência humana:
corporal, emocional, intelectual, social e espiritualmente.
O AQUI E AGORA GESTÁLTICO
“ A espiritualidade da Gestalt está encarnada no Aqui e Agora e no Eu-Tu: o transpessoal no interpessoal.”
Claudio Naranjo
Em gestalt não há outro tempo senão o Agora.
O passado já não existe e o futuro ainda não é.
Assim, essas “ viagens no tempo ”, recordações e expectativas, são trazidas para o momento presente, para serem trabalhadas, vivenciadas, e ressignificadas integralmente.
O paciente é “provocado” a tornar-se presente, através de uma metodologia da consciência, que em essência é uma prática meditativa: o continuum de awareness ou contínuo atencional é a atenção focalizada no presente e aberta a todos os conteúdos que emerjam pontualmente à consciência.
“ Quando se exercita esse contínuo de “dar-se conta” se enfoca a atividade da mente( pensar, imaginar, recordar…) e se acentua a atenção nos conteúdos emocionais e sensoriais. O qual ressoa com o zen quando diz que o homem livre é o homem sem mente; da mesma maneira que Perls recomendava abandonar a mente e voltar aos sentidos. Esta prática de atenção ao presente se parece muito a uma meditação verbalizada, ainda que a meditação tradicionalmente se realize em silêncio( ou mais bem é um ato de silenciar: calar a mente)”.
Paco Peñarrubia
A diferença básica com a meditação é que o continuum de atenção é verbal e inter-relacional como corresponde a essência da terapia gestalt que é expressiva e dialógica(Eu-Tu).
Claudio Naranjo sinala as vantagens da prática gestáltica em relação a meditação solitária:
– o trabalho de ter que comunicar algo, implica ter que observar realmente, no lugar de sonhar com observar.
– a presença de uma testemunha leva a incrementar a atenção como o significado daquilo que se observa.
– é um marco interpessoal, os conteúdos da consciência se referem a relação interpessoal, coisa que não ocorreria a um meditador solitário.
– a presença de um interlocutor permite que este devolva ao presente o outro quando se distraia de si.
O “ EU-TU ” GESTÁLTICO
A profunda espiritualidade da gestalt também é viva na compreensão compassiva do Eu-Tu: dialógicos e inseparáveis.
Terapeuta e paciente são dois seres humanos experimentando um encontro.
Ambos em processos de transformação.
No Eu-Tu gestáltico, o paciente participa e é estimulado a entregar-se ao encontro e descobrir sua capacidade de autoajudar-se.
O paciente é tratado como uma totalidade: corporal, emocional, intelectual, social, espiritual.
Não fomenta-se a dualidade de que o paciente é o doente e saudável é o terapeuta.
O terapeuta está a serviço do outro e de si, em um continuum de autenticidade, presente em um posicionamento interior neutro, um “ponto zero”, de onde intervém em dois sentidos: apoiar e frustrar.
“ As ações do terapeuta devem ser compreendidas como reforços negativos de comportamentos inautênticos e apoio da auto-expressão genuína.”
Claudio Naranjo
O terapeuta acompanha o paciente em seu processo de “dar-se conta”, em sua expressão emocional e corporal; ensina-lhe a aprender sobre si mesmo no “ Aqui e Agora” da sessão.
O paciente é corresponsável pelo processo terapêutico; e por isso, precisa estar disposto a ser particularmente ativo e capaz de descobrir e alcançar seus objetivos através de seus próprios esforços.
O encontro Eu-Tu contagia o paciente a desenvolver a tomada de consciência que necessita para solucionar seus próprios problemas.
O critério de êxito é o aumento da capacidade de “dar-se conta” e a autogestão do paciente, passando do apoio externo para o auto-apoio; outro objetivo fundamental da terapia gestalt.
Como consequência, o paciente experimenta a recuperação de sua vitalidade e uma conduta mais integrada de acordo com suas possibilidades e necessidades essenciais.
Desta forma, a terapia não baseia-se na enfermidade; torna-se uma ferramenta para o desenvolvimento pessoal e, por consequência, espiritual.
Em relação ao processo, não é um produto terminado; ao contrário, gera uma pessoa que aprende a desenvolver o “dar-se conta”, a tomada de consciência que necessita para solucionar seus próprios problemas ativamente, nas situações de sua vida.
Ensinamos, alertamos e apoiamos a experimentação que mobiliza a pessoa a ir mais além de sua atual paralização ou funcionamento limitado.
PRESENÇA, CONSCIÊNCIA E RESPONSABILIDADE
Através do contágio terapeuta-paciente no encontro “ Eu-Tu, Aqui e Agora”, o paciente aprende a desenvolver e ampliar as três práticas fundamentais em gestalt:
o estado de presença, a tomada de consciência e a autorresponsabilidade; e assim, começar a recuperar seu poder genuíno.
A terapia gestalt como as tradições espirituais, conduz a liberação.
Tem uma raiz apolínea, refletida no processo de conhecer os próprios mecanismo defensivos que constituem nossa personalidade rígida e robótica, e assim recuperar nosso potencial humano em direção à responsabilidade e à tomada de decisões. E tem uma raiz dionisíaca em que a pessoa, expressando seus desejos, emoções e impulsos, recupera sua liberdade.
“ a essência da espiritualidade gestáltica é que se dá o mesmo valor aos infernos e aos céus; se dá o mesmo valor ao louco e ao sério, ao viciado e ao santo. é uma terapia que transcende essa visão negativa do instintivo e isso é essencialmente espiritual, como uma religião que tivesse incluído o demônio e a loucura, ou seja, o incorreto politicamente mas humanamente integrador”.
Paco Peñarrubia
VAZIO FÉRTIL, AUTORREGULAÇÃO ORGANÍSMICA E INTEGRAÇÃO DE POLARIDADES
Estes são os mais profundos conceitos do processo gestáltico, e que compõe, em minha opinião, a totalidade terapêutica e a abordagem profundamente espiritual – ou transpessoal – da terapia.
Escrevi o artigo Vulvoscopia, em que abordo estes três temas, e que tornou-se um marco em minha autotransformação, pois foi reconhecido de maneira vibrante por Claudio Naranjo; que incentivou-me a seguir trabalhando como escritora e terapeuta gestáltica.
Seu reconhecimento elogioso também referiu-se aos escritos “Nua em Gestalt-terapia”, onde transcrevo as experiências vivenciais em meu processo de formação em gestalt-terapia, com diferentes terapeutas, a maior parte, discípulos internacionais de Naranjo.
Disponibilizo ambos os escritos para que se possa conhecer a gestalt-terapia na prática vivencial e na alquimia espiritual – a travessia do falso eu a autênticos estados do ser.
ensaio-vulvoscopia
nua-em-gestalt-terapia-ano-1
nua-em-gestalt-terapia-ano-2
VULVOSCOPIA-experimentacao-gestaltica-triptica-em-carne-viva.pdf
VULVOSCOPIA FF - TERAPIA PARA MULHERES
Vulvoscopia é experimentar o autêntico poder feminino a partir da integração “ sexualidade – espiritualidade” como um canal para a realização íntima e a totalidade do ser:
corpo – vulva – vagina – útero – coração – consciência – ser
O objetivo é a tomada de consciência da mulher ao experimentar-se como realmente É; mais além da autoimagem, do ego, da ideia fixa e limitada que tem sobre si, como consequência do poder cultural e da desconexão com seu corpo como guia e templo sagrado.
Vulvoscopia é um processo terapêutico criado por Fernanda Franceschetto para as mulheres, baseado em sua autotransformação e em três aspectos da terapia gestalt que a compõem como prática viva e transpessoal:
vazio fértil, autorregulação organísmica e integração de polaridades.
Em paralelo a estes três aspectos, intrínsecos à filosofia perene, FF propõe às mulheres uma experimentação em três fases:
autopenetração, autogestação e parto de si mesma.
. . .
Em que sentido estamos vivendo nossas vidas?
Atendendo à convicção interior, às percepções íntimas de nossa existência ou à convenção exterior, às expectativas dos outros – do mundo – sobre nós?
Estamos livres e realizadas em nossa nudez ou estamos aprisionadas no próprio corpo, alimentando imagens e atitudes idealizadas – e falsas – que atendem às convenções do momento?
“Mulher” é mais código cultural que voz em carne viva.
Como espécie, somos fêmeas humanas.
Identificadas por vulva, vagina e útero.
Do ventre materno ao desenvolvimento extrauterino, o mundo nos penetra.
E aos poucos, perdemos o instinto natural, livre e sábio que orienta o organismo total que somos.
Absorvemos códigos familiares, educativos, culturais, religiosos, campos de energia, emoções, condutas…
Nos tornamos fêmeas domesticadas ou mulheres construídas pela cultura dominante, por sistemas de pensamentos, crenças e valores.
Perdemos a conexão com nossas entranhas.
A natureza cósmica e orgástica, a absoluta força criativa que está disponível em nossos úteros, onde criamos a raça humana, nos escapa.
O sexo, o ato máximo da criação, Deus em si, é vivido como masturbação no corpo alheio.
O orgasmo torna-se desespero, alívio, frustração.
O encontro sexual profundo, o êxtase, os estados alterados de consciência, a experiência unidade-totalidade é imaginada como impossível.
. . .
Em Vulvoscopia o corpo é o mestre e o templo.
Aprenderás a penetrar em ti mesma.
Limpar o que absorves do mundo.
Soltar o que já não precisas ou não queres mais.
Transformar espaços de sofrimento em abertura.
Experimentarás o vazio.
O não-lugar em que acessarás o que não consegues ver.
Atravessarás as tuas máscaras.
Confrontarás as tuas sombras.
Te tornarás presente.
Experimentarás gestar e parir quem tu realmente És.
. . .
Lembro do momento em que descobri a vulva.
Era o auge da crise no casamento.
Meu corpo havia tocado a alma em orgasmo místico.
E não conseguia mais voltar ao sexo – que era ótimo – com o marido.
Faço um exame ginecológico.
Vulva, vagina e colo do útero ampliados em 40x na TV.
Levo um choque instintivo.
FF tu és arte em carne viva.
FF tu és vulva, vagina e útero.
FF tu és uma desconhecida para ti mesma.
Desperto da desconexão com minhas entranhas.
Lembrava do útero só na menstruação; controlada por pílulas a vida toda.
Vulva nem sabia que existia, de tanto ouvir vagina; e vulgaridades como identidade.
A genitália externa feminina chama-se Vulva.
Inclui o clitóris, os lábios, a abertura da vagina e da uretra.
Vagina é nome do canal interno que liga útero e Vulva.
O exame torna-se um símbolo para minha vida.
Transformo a Vulvoscopia em prática diária:
FF desperta para tua vulva, vagina e útero.
FF desperta para teu instinto natural.
FF desperta para tua consciência.
Torno-me a lente de aumento em autoexame contínuo:
Que mulher sou eu?
Como perdi a mim mesma?
Como sinto o meu corpo?
Como encontro a alma?
Decido penetrar minha interioridade.
Encontro feridas que não tratei.
Me proponho um celibato temporário.
Escuto minhas entranhas.
Deixo gritar o instinto domesticado.
Enfrento máscaras e sombras como ritual de iniciação.
Invoco o amor próprio para acolher a dor.
A limpeza no território íntimo me esvazia.
Libera espaço para o novo.
Começo a gestação do que eu sou.
A sabedoria do corpo é a semente original.
Autorregulação organísmica x regulação pelo ego.
A conexão com o instinto livre e autêntico é recuperada.
Há coragem e honestidade para seguir atravessando as capas neuróticas do ego, do falso eu.
O compromisso é com a verdade experimentada em si.
É chegada a hora de parir.
Parir o que se deseja parir, desde um chamado íntimo.
Não temerás o trabalho de parto.
É o acesso ao teu poder criativo genuíno.
Invoca
Penetra
Gesta
e
Abre as pernas para o que desejas parir.
. . .
FF pariu a si mesma como mulher.
FF pariu a filha em parto pélvico e natural.
FF pariu o Vulvoscopia para ti.
. . .
Vulvoscopia é tornar-se a própria guia no processo de cura íntima, relacional e sistêmica a ser experimentada a partir da terapia e vivida a cada momento, de forma holística e integrativa: sexual, emocional, intelectual e espiritualmente.
Vulvoscopia é conectar vivências antigas e atuais da energia feminina para exorcizar a violência sofrida pelas mulheres: expressando, limpando e reintegrando a energia masculina, interna e externamente, de forma sana e necessária ao autodesenvolvimento, ao prazer sexual e à conexão espiritual.
Vulvoscopia é fazer a única revolução possível: a revolução da consciência – transformar a si mesma para transformar o mundo.
. . .
Vulvoscopia é um processo indicado a mulheres de todas as idades e fases de vida, a partir da menstruação.
Além do encontro humano e gestáltico com a terapeuta FF, em contagio de presença e consciência, o processo une a terapia gestalt vivencial e transpessoal a distintos métodos e práticas corporais, respiratórias, musicais, artísticas, contemplativas, meditativas e escritas”.
. . .
A seguir apresento o ensaio Vulvoscopia,
em que abordo os três profundos aspectos
que compõe a totalidade do processo gestáltico:
vazio fértil, autorregulação organísmica e integração de polaridades.
O ensaio Vulvoscopia e os escritos “Nua em gestalt-terapia” são um marco em minha caminhada, pois foram reconhecidos de maneira vibrante e elogiosa por Claudio Naranjo; que incentivou-me a seguir trabalhando como escritora e terapeuta gestáltica.
Disponibilizo ambos os escritos para que possas ter uma ideia da terapia gestalt na prática vivencial e na alquimia espiritual: a travessia do falso eu a autênticos estados de ser.
ensaio-vulvoscopia
nua-em-gestalt-terapia-ano-1
nua-em-gestalt-terapia-ano-2
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FF A MULHER
A foto de minha nudez, registrada pelo cultuado fotógrafo da Playboy, JR Duran, poderia estar aí por vaidade ou para atrair público ao site FF.
Pense o que quiser.
Mas antes, olhe bem.
Deixa-te penetrar pela imagem.
E perceba o que sente, o que te provoca.
Quando eu recebi a foto em mãos, do diretor da série “(fdp)” da HBO, Adriano Civitta, pensei:
“Quem é essa mulher, Fernanda?”
FF A Mulher
A foto de minha nudez, registrada pelo cultuado fotógrafo da Playboy, JR Duran, poderia estar aí por vaidade ou para atrair público ao site FF.
Pense o que quiser.
Mas antes, olhe bem.
Deixa-te penetrar pela imagem.
E perceba o que sente, o que te provoca.
Quando eu recebi a foto em mãos, do diretor da série “(fdp)” da HBO, Adriano Civitta, pensei:
“Quem é essa mulher, Fernanda?”
Era o último dia das filmagens.
Voltei para casa com a foto e um bouquet de flores.
Meditava sobre o momento em que minha imagem era capturada por JR Duran.
E algo acendeu em meu coração:
“Eu sou todas as mulheres. Todas as mulheres são eu.”
Volto ao momento em que sou preparada para as fotos.
A maquiagem.
O cabelo.
O figurino.
A superprodução.
Me vejo no espelho, só ao final.
Chega o Duran e pergunta:
“O que você quer durante a sessão, Fernanda?
Eu quero estar presente.
O que é isso? Estar presente?
Nunca uma mulher me respondeu isso, em todos estes anos…”
Ficamos em silêncio.
E logo vamos ao set.
Muita gente olhando.
Estou incômoda, ainda de biquíni.
Ele não para de fotografar.
Sigo com a energia presa.
Ele pede para brincar e soltar a “roupa”.
Só agora me dou conta que ficarei toda nua pra ele.
Um desconhecido para mim e uma celebridade da nudez.
Olho séria para frente e respiro o ambiente.
Sou penetrada pela energia de vários homens.
Peço ao Duran: para.
Vou ao diretor.
Pergunto se é necessário toda aquela plateia.
Civita manda embora a maioria, sem função ali.
Me sinto respeitada.
E falo a mim mesma:
Presença, Fernanda.
Te experimenta.
Te entrega ao momento.
Aqui-agora.
Esvazia o pensamento.
Respira teu corpo.
Sinta o prazer em ser quem tu és.
Para dar um empurrãozinho, pergunto ao Duran:
“Tem música?
Sim.
The Doors.
Perfeito.
Light my fire.”
Não faço personagem nenhuma.
Simplesmente fluo no prazer que sinto em meu corpo.
A energia transborda e é registrada pelas lentes.
Duran me convida para ver com ele o resultado.
Fico muda.
Emocionada.
Ele capturou a fêmea que eu resistia em assumir – até então.
A experiência traz um profundo insight: o confronto interno entre duas Fernandas. A mulher livre, que sente prazer e alegria em ser quem ela é – e por isso, natural e poderosamente sexual e divina; e a mulher refém da construção da imagem para atender as expectativas do olhar do outro em um brutal mundo patriarcal.
Me senti chamada a decidir:
“A quem queres continuar a servir? À imagem ou à evolução da consciência?”
A beleza, cobiçada pelos homens e invejada pelas mulheres, me proporcionou uma existência bastante solitária; apesar de sempre ter estado rodeada de gente.
Desde muito cedo tornei-me independente.
Óbvio que a imagem abriu portas.
Mas foram os talentos que me sustentaram.
E impulsionaram a reação perante o assédio sexual.
Jamais negociei meu corpo.
Fui perseguida.
Injustiçada.
E fechei portas com muita coragem.
Posso dizer que tudo o que eu quis fazer na vida, eu fiz.
Sou um laboratório de mim mesma.
A cada experiência, uma transformação.
Atravessei a carreira como apresentadora de televisão e repórter nas maiores emissoras do país, entre os 19 e 27 anos, para ser um instrumento da verdade.
Quase morri literalmente por ela na Amazônia, ao fazer uma reportagem investigativa.
Ganhei a vida ao sair da televisão e buscar o teatro.
O processo mais alquímico de minha caminhada.
A desconstrução de mim mesma.
O encontro com as máscaras.
O confronto com a sombra.
A descoberta de meu corpo como guia máximo.
O prazer de criar.
A liberdade em movimento.
O gozo em transgredir os padrões e crenças sociais.
Ao jogar-me no abismo criativo em busca de mim mesma, fui incompreendida pela família, amigos e, principalmente, pelo marido: afastou-se completamente de meu corpo.
Experimentei a alma infiel.
Entreguei-me a outro homem.
E vivi o primeiro êxtase místico de minha vida.
Um orgasmo cósmico: a dissolução do ego.
A fusão absoluta, sem tempo ou espaço.
A unidade macho-fêmea.
Um só corpo.
Um só espírito.
A descoberta da sexualidade sagrada.
Impossível voltar atrás.
Impossível fingir.
O corpo não mente.
O divórcio chegará.
As tentativas de reconciliação não se sustentam.
E saio de casa enfim, após o último conflito: o marido resiste a aceitar as cenas de nudez na série “(fdp)” da HBO, da bandeirinha de futebol que se tornará capa da Playboy, personagem para a qual fui escolhida como atriz pelos executivos internacionais da HBO, depois de testes com as melhores atrizes do Brasil.
Passo a viver sozinha em nosso apartamento vazio, em plena rua- luxo Oscar Freire, em São Paulo.
Crio um monastério particular durante três anos, com o mínimo de objetos necessários, um colchão de solteiro, meus livros, um aparelho de música e os filhotes Keto Preto e Kika Mostarda: um chow-chow e uma felina SRD.
Entrego-me ao Silêncio.
Abstenção de vida social.
Vivo a verdade que buscava.
O encontro total comigo mesma.
A viagem por minha alma.
A redescoberta de meu corpo.
A purificação de minhas feridas.
A voz de minha vulva.
A escuta de meu coração.
O esvaziamento do automatismo mental.
Faço da leitura filosófica uma reunião de “amigos”: Nietzsche, Shopenhauer, Heidegger, Kierkgaard…
Experimento práticas e leituras místicas: yoga, meditação, budismo, cristianismo, M. Eckhart, Swedenborg, Teresa de Ávila, São João da Cruz…
Torno-me cinéfila solitária em filmes de autor pela cidade.
Fujo para ouvir música clássica na Sala São Paulo.
E decido fazer formação em Gestalt- terapia.
A proposta de Fritz Perls para a psicoterapia refere-se diretamente ao processo que venho experimentando de forma intuitiva: existir sendo quem eu sou!
Torno-me terapeuta gestáltica com orientação pela Gestalt- terapia existencial, fenomenológica, organísmica e vivencial – focada na experiência – da costa oeste dos USA; Califórnia – Esalen.
A formação é feita com a equipe internacional do
psiquiatra e gestaltista Cláudio Naranjo – indicado ao
Nobel da Paz em 2015 e sucessor direto de Fritz Perls, criador da Gestalt-terapia – no Instituto Gestalt de
Vanguarda Cláudio Naranjo, em São Paulo.
Na Espanha, trabalho como diretora e codiretora de grupo de formação em Gestalt- terapia do IPTG – Bilbao, em módulo sobre Sexualidade – Espiritualidade.
Também realizo trabalhos em grupo aberto, com tema Morte e Vida, em Amalurra – Biscaia.
O incentivo e reconhecimento vibrante de Cláudio Naranjo ao ler meus escritos Vulvoscopia e Nua em Gestalt – Terapia e as experiências em conduzir grupos gestálticos, à convite de Iñaki Zapirain, levam- me a atender ao chamado interno de servir à vida, de servir ao próximo, de servir às mulheres, de tornar-me um instrumento de amor, pra valer.
Decido deixar a carreira de atriz e a cidade de São Paulo, depois de 13 anos.
Volto à capital gaúcha, de onde havia saído da casa dos pais aos 18.
Sigo em viagens Brasil-Europa em oceânica vivência de amor com o gestaltista basco Iñaki Zapirain.
Meu processo atinge o cume da sexualidade feminina: a geração da vida dentro do corpo.
Vivo a gravidez em estado de graça.
Sinto-me um animal sagrado, pura fêmea.
Experimento orgasmos de luz na alma e na vulva, com o macho, pai da criatura.
Ao final da gestação, a prova de fé: Laila está sentadinha no útero, em posição de “meditação”.
A caminhada até aqui garante a confiança na mulher que eu sou e no poder de meu corpo sagrado: Laila vem ao mundo em parto normal – e pélvico. Sim, nasce de bumbum!
Entrego-me completamente à maternidade.
24 horas por dia.
Mais de 1000 dias diretos.
. . .
Agora estou parindo o site FF, minha volta ao mundo.
Um espaço de comunicação de experiências humanas, femininas, espirituais, artísticas e profissionais de minha vida e renascimento como mulher.
FF é um processo de tomada de consciência.
FF é mística que faz da autotransformação o principal trabalho da vida.
FF é fêmea que goza de seu poder genuíno, de sua vulva sagrada: a fonte da vida, a energia da criação, o êxtase do matrimônio interno e externo.
FF é mãe que abre as pernas e invoca a maternidade, depois de parir a si mesma: “ agora me sinto mulher inteira para conceber, gerar, parir, nutrir e acompanhar a vida de um outro ser humano.”
FF é terapeuta gestáltica, criadora do Vulvoscopia – experimenta a mulher que tu és – um processo terapêutico feminino de penetração, gestação e parto de si mesma – baseado na gestalt-terapia e na própria experiência autotransformadora como mulher.
FF é comunicadora social, escritora e – para sempre – a jornalista apaixonada em testemunhar histórias de vida.
FF é atriz, que busca na pesquisa de suas próprias máscaras a compreensão do jogo neurótico, o ridículo e a permissão para rir de si mesma no dar-se conta de seus mecanismos de defesa e caprichos egóicos.
FF é aprendiz, que parte da própria experiência em busca de corajosos e inspiradores místicos, artistas, filósofos e escritores como refúgio de compreensão e desafio para a própria evolução.
FF é Ser o que se É.
. . .
Seja bem-vinda, Deusa! Seja bem-vindo, Deus!
Descubra o site FF.
Me escreva quando quiser.
Compartilhe e pergunte!
E também, esteja comigo!
Frente a frente.
Olhos nos olhos.
Corpo a corpo.
Fernanda Franceschetto,
fêmea, mãe, terapeuta, atriz, jornalista e mística.
FF Personas na mídia
A experiência traz um profundo insight: o confronto interno entre duas Fernandas. A mulher livre, que sente prazer e alegria em ser quem ela é - e por isso, natural e poderosamente sexual e divina; e a mulher refém da construção da imagem para atender as expectativas do olhar do outro em um brutal mundo patriarcal.
FF Personas na mídia
A estreia de FF, como a personagem Clitóris-Mestra, também foi escolhida entre as melhores cenas dos 25 anos do Teatro Brasileiro, por Lenise Pinheiro, da Folha de SP, em seu “ Fotografia de Palco”.
A brutal personagem feminina leva FF ao abismo de sua sombra.
FF Personas na mídia
Aos 25, torna-se refém da violência na Amazônia ao fazer uma reportagem investigativa para a TV Record e depois, torna-se apresentadora do Fala Brasil, ao lado de Alexandre Giachetto, inovando o telejornalismo brasileiro na época.



FF VOCAÇÕES DE VIDA
Compartilho aqui os caminhos que escolhi – e fui escolhida – para evoluir como ser humano nesta Vida.
Atriz
































Mais importante que a carreira, foi a alquimia como ser humano que a atividade artística me proporcionou.
O teatro salvou a minha vida.
Tornou-se o instrumento para a revelação do falso em mim e para a liberdade de viver a sombra.
Como atriz, experimentei o contrário da vida ordinária, do palco real que é o mundo e dos personagens que somos todos nós; em maior ou menor grau.
Aproveitei cada processo como oportunidade de transformação profunda.
A primeira atuação profissional, na peça “Febre”, de Marcos Azevedo, como “ Clitóris-Mestra” me levou a ser catalogada no livro dos 25 anos do Teatro Brasileiro, de Lenise Pinheiro.
Também fui eleita uma das musas do teatro contemporâneo pela revista VIP na época, onde dei uma entrevista polêmica sobre o assédio sexual no jornalismo e a nova fase de minha vida como atriz.
Foi nos bastidores da TV Record, que o mítico diretor Cacá Rosset, do grupo Ornitorrinco, me apontou o dedo e disse: teatro não é hobby, Fernanda.
Foi o empurrão que eu precisava.
Além dele, outras pessoas me ajudaram na caminhada: Fátima Toledo, Christian Duurvoort, Juliana Galdino, Sérgio Pena, Márcio Mehiel…
A personagem de maior visibilidade foi a última: a bandeirinha de futebol Vitória, na série “(fdp)”, da HBO, transmitida internacionalmente, para a qual fui escolhida pelos diretores brasileiros e executivos da HBO, entre as melhores atrizes do Brasil. “ (fdp)” ganhou prêmio APCA de melhor série brasileira de 2012.
A seguir compartilho um resumo dos trabalhos que fiz como atriz.
Há também um vídeo com as melhores cenas na HBO.
E fotos de diferentes fases desta época em minha vida.
ATRIZ TELEVISÃO – BRASIL/ AMÉRICA LATINA/ USA/ EUROPA
HBO – série ” ( fdp )” – 2012
co- protagonista feminina
personagem ” Vitória, A bandeirinha”
dir: Adriano Civita, Kátia Lund, Johnny Araújo, Cayto Ortiz
prêmio APCA melhor série 2012- Brasil
HBO – Os segredos por trás da série – “(fdp)”
atriz convidada para apresentar programa especial
ATRIZ CINEMA – BRASIL/ MERCOSUL/EUROPA
11 Festival de Cinema Latino-americano de SP
“Linha de Fuga”, dir. Alexandre Stockler/SP
co-protagonista Matahari (2016)
60 Festival de Berlim
” Bróder”, dir. Jeferson De/SP
personagem Sílvia (2010)
62 Festival de Cannes – Programa Cinema Brasileiro –
” Muamba”, dir. Chico Faganello/SC
co- protagonista Bárbara
Festival de Texas – USA; Festival de Trieste – Itália(2010)
ATRIZ PERFORMER – LIVE CINEMA
Circuito SESC de Artes – SP; performance multimídia cinema ao vivo; co- criação F.Franceschetto, Marcus Bastos e Karina Montenegro(2011)
ATRIZ TEATRO
protagonista Carmen, peça autor espanhol Raul Dans
” O telefonema”, dir. Juliana Galdino/ Roberto Alvim – CLUB NOIR SP (2009)
co- protagonista, Clitóris-Mestra (Clitemnestra – Ésquilo), “Febre”, dir. Marcos Azevedo
GAG SP (2007)
atuação selecionada para coletânea especial dos 25 anos do Teatro Brasileiro, “Fotografia de Palco”, de Lenise Pinheiro
ATRIZ PUBLICIDADE
protagonista exclusiva – televisão Portal Comunicação IG (2007/2008)
Terapeuta Gestáltica
Considero o encontro com o filósofo Friedrich Nietzsche,
a partir de minha transformação pelo teatro,
o início do processo vivo como gestaltista.
Foi por Frederico que me senti penetrada de verdade,
pela primeira vez:
“ Torna-te quem tu és.”
A frase que me levou ao inferno.
Lá, onde a consciência grita.
Bati na porta.
Ele abriu.
Entre chamas, Zaratustra me ensinou a dançar.
. . .
Bailando a vida,
recebo um texto para formação em Gestalt- terapia,
justo quando começava um ótimo trabalho como atriz.
Fala sobre autossustentação.
Caminhar sobre as próprias pernas.
Ser quem se é.
Vertigem.
Quem é esse homem?
Nietzsche?
Deus não morreu.
O que é isso?
. . .
É um chamado, Fernanda.
Tu não decidiu te desmascarar?
Agora, aguenta.
O Universo dá o que se pede.
O Caminho existe.
Tu és o Caminho.
Caminha!
OK.
Preciso experimentar.
Que venha, Fritz Perls.
Que venha a Gestalt- terapia.
. . .
Sou terapeuta gestáltica com orientação pela Gestalt- terapia existencial, fenomenológica, organísmica e vivencial – focada na experiência – da costa oeste dos USA; Califórnia – Esalen.
Minha formação foi feita com a equipe internacional do
psiquiatra e gestaltista Cláudio Naranjo – indicado ao
Nobel da Paz em 2015 e sucessor direto de Fritz Perls, criador da Gestalt-terapia – no Instituto Gestalt de
Vanguarda Cláudio Naranjo, em São Paulo.
Na Espanha, trabalhei como diretora e codiretora de grupo de formação em Gestalt- terapia do IPTG – Bilbao, em módulo sobre Sexualidade – Espiritualidade. Também realizei trabalhos em grupo aberto, com tema Morte e Vida, em Amalurra – Biscaia.
O incentivo e reconhecimento vibrante de Cláudio Naranjo ao ler meus escritos Vulvoscopia e Nua em Gestalt – Terapia e as experiências em conduzir grupos gestálticos, à convite de Iñaki Zapirain, levaram- me a atender ao chamado interno de servir à vida, de servir ao próximo, de tornar-me um instrumento de amor, pra valer!
A decisão foi tomada no auge da visibilidade como atriz – durante a estreia da série da HBO “ ( fdp )” , no Brasil, América Latina, USA e Europa.
Declinei da promissora trajetória artística – e antes desta, da bem sucedida carreira na televisão, iniciada aos 19 anos, como apresentadora, editora e repórter nas maiores emissoras do país ( TV Globo, TV Record, TV Cultura, RBSTV, Band).
Um desafiador e longo caminho de autoexperimentação para poder ser quem eu sou, para viver autenticamente, para estar livre, responsável e presente, aqui e agora, como pessoa.
A escolha de vida pelo caminho do ser quem sou
( autorrealização)
X
a conduta neurótica do o que eu devo ser
( autoconceito)
me transformou em uma autêntica gestaltista.
Em Gestalt-terapia, a pessoa do terapeuta é seu principal instrumento de trabalho – muito além das técnicas que poderá utilizar.
“ Não se necessita adotar uma atitude. Se experimenta a si mesmo como digno da existência, e do mesmo modo experimenta ao outro. Tal como é para si mesmo, é para seu paciente; e não está contra os jogos que obscurecem seu ser, senão que não se interessa por eles”.
“ O processo terapêutico consiste na transmissão de uma experiência. E tal como a vida provém da vida, quiçá só se possa produzir uma certa profundidade de experiência por meio da presença de outro ser que esteja participando nessa profundidade, e não por manipulações.”
Cláudio Naranjo
. . .
O terapeuta gestático é alguém que mantém vivo o seu próprio processo de transformação.
É uma pessoa que produz o que Cláudio Naranjo chama de “contágio de consciência”.
Como terapeuta gestáltica sou prova viva do processo que tu poderás experimentar: te acompanherei para que vivencies integralmente – em teu corpo, em teus sentimentos e em teus pensamentos – a verdade que há em ti e a falsa conduta que te aprisiona o viver.
Seremos parceiros de trabalho.
Estarei integralmente presente e aberta como pessoa em relação ao ser que tu és, em um espaço de consciência que inclui o teu e o meu mundo interior.
A situação em que te encontras e o que surgir em nosso contato guiará o processo terapêutico gestáltico.
Os sintomas e/ ou doenças que apresentares serão recebidos como um ajustamento criativo descontextualizado, ao invés de uma incapacidade tua ou incompetência do organismo.
Te ajudarei a desenvolver o estado de presença, a direcionar tua atenção para o aqui e agora, uma postura viva para a tomada de consciência(awareness) do que está acontecendo contigo.
A ampliação da consciência, a experiência do “dar-se conta” é o objetivo da terapia gestalt.
É a partir do “dar-se conta” vivencial, com todo teu ser – não só em compreensão racional, mas com teu corpo e sentimentos – que poderás transformar o que queres e/ou precisas transformar.
O cultivo do estado de presença e atenção poderá ser desenvolvido por ti, a cada situação que vivas, e é o que te levará a um continuum de consciência, um processo genuíno de autoconhecimento – sem que tu fiques eternamente dependente da terapia ou do terapeuta – não serei tua bengala!
Poderás assim despertar!
Tornar-te consciente, livre e responsável por tuas próprias escolhas, sentimentos e ações!
Usarás os problemas e as dores para crescer, para amadurecer. E não para manipular o ambiente onde estás – sejas ou não consciente disso.
Aprenderás a caminhar por tuas próprias pernas, a confiar em teus passos.
E vibrarás com a potência e a beleza que há em ti!
Podes estar seguro de que a tua presença também me transformará.
Te espero.
Eu – Tu.
Tu – Eu.
“O amor está no entre.”
ensaio-vulvoscopia
nua-em-gestalt-terapia-ano-1
nua-em-gestalt-terapia-ano-2
VULVOSCOPIA-experimentacao-gestaltica-triptica-em-carne-viva.pdf
Jornalista
O jornalismo foi minha primeira vocação de vida.
Impulsionada pelo ideal em tornar-me instrumento da verdade; integrando talento para a comunicação e beleza física.
Entrei na televisão aos 19 anos, em paralelo aos estudos noturnos na Faculdade de Comunicação Social, na PUC, em Porto Alegre.
Da Band, fui para a RBSTV como moça do tempo e editora do Jornal da Globo.
Antes de minha formatura, aos 22 anos, garanti a vaga para entrar na TV Globo, em São Paulo.
Realizei o sonho de ser repórter na maior emissora da TV brasileira, depois de insistir para não ser moça do tempo.
Minha estreia ao vivo foi no horário nobre, como enviada especial ao Festival da Música Brasileira.
Na Globo trabalhei como repórter em todos os telejornais, exceto o JN: Bom dia SP, Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo, SPTV.
De lá fui para a Rede Record, integrando o time inicial de profissionais para a grande mudança no canal.
Como repórter especial, quase perdi a vida na Floresta Amazônica, ao fazer uma investigação sobre extração ilegal de madeira e a miséria da população ribeirinha.
A comunidade de Porto de Moz, com o apoio do Greenpeace, bloqueou um rio, para exigir a criação de uma reserva extrativista como garantia de sobrevivência e desenvolvimento sustentável da região.
Foi o maior protesto desde o assassinato do líder seringueiro e sindicalista Chico Mendes.
Quando fui pegar o avião de volta para São Paulo, 600 pessoas me cercaram.
Não havia proteção suficiente para mim e mais três colegas.
Os poucos policiais alertavam para fugir ou seríamos mortos.
Parte da população nos ameaçou de forma violentíssima.
Consegui entrar na velha kombi da polícia e me esconder.
Foram atrás de mim e arrancaram a minha bagagem.
Destruíram todo o material, 12 fitas de reportagem.
A tentativa de linchamento contou com o apoio do prefeito e madeireiro da cidade, que incitou a violência contra nós.
Depois de muita tensão e perigo, fui escoltada com os colegas até o porto, onde fugimos em uma voadeira – e logo, em plena tempestade – no encontro dos rios Xingu e Amazonas, em busca do barco do Greenpeace.
Ao voltar realizo o documentário “Amazônia – terra sem lei” para a TV Record onde denuncio o movimento criminoso aliado ao poder político na região; a partir da narração como repórter e vítima da violência.
Ao final, o caso repercutiu internacionalmente através do Greenpeace e na mídia brasileira; o que – felizmente – contribuiu para garantir a vida de milhares de pessoas, a partir da criação da reserva extrativista “Verde Para Sempre”, em 2004, em uma área de mais de um milhão de hectares, em Porto de Moz, Pará, Amazônia.
Ainda na TV Record, como apresentadora, assumi o lugar da jornalista Mônica Waldvogel no Fala Brasil, um telejornal nacional diário de duas horas, ao vivo.
Imprimi um estilo de apresentação inovador, ao lado de meu colega Alexandre Giachetto.
A própria revista do jornal O Globo na época, noticiou
a nova cara do telejornalismo com a jovem dupla da TV Record.
A injustiças que sofri, aliadas a episódios de assédio sexual e ao trauma da violência na Amazônia, me levaram a enterrar o jornalismo no coração.
Meu último trabalho como apresentadora foi na TV Cultura, onde fui convidada para estrear o primeiro programa que uniu música erudita ao tradicional formato de show de calouros: o Prelúdio.
Para mais detalhes sobre a minha vida como jornalista, veja a sessão Agonia, no site FF – trilha da transformação.
A seguir um breve resumo de minha carreira como apresentadora de TV e repórter:
Apresentadora exclusiva Portal de Comunicação IG
2008-2007
Apresentadora Prelúdio – TV Cultura
2006
Apresentadora e editora telejornal Fala Brasil – TV Record 2002-2004
Apresentadora, repórter, produtora, editora
“Amazônia – Terra sem lei” – TV Record
2002
Repórter TV Globo:
Festival Música Brasileira, Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo, Bom dia SP, SPTV 1 e 2
2000-01
Apresentadora, repórter, editora TV Record:
Fala Brasil, Repórter Record, Página 1, JRecord 2 edição
2002-04
Apresentadora do tempo, editora Jornal da Globo RBSTV: Jornal da RBS
98-99
Band-RS:
Band Cidade, Jornal da Hora
96
Mãe
A autotransformação como mulher foi determinante em meu processo como mãe.
Invoquei a maternidade de maneira consciente.
Estava pronta para entregar-me completamente à outra vida humana.
Criei um mantra interno:
“agora me sinto mulher inteira para conceber, gerar, parir, nutrir e acompanhar a vida de um outro ser humano.”
O Universo traz o homem.
Torno-me a guia na profundidade do encontro sexual.
O movimento pela unidade corpo – alma.
O êxtase na integração macho – fêmea.
A energia orgástica do amor dá origem à Laila.
A gravidez é vivida em estado de graça.
O sexo ultrapassa todas as experiências vividas.
Orgasmos radicais e transcendentes.
Me sinto um animal sagrado, puro instinto.
Faço um retiro na natureza, a sós com a barriga.
Alimento Laila com o silêncio da lua, a alegria dos pássaros, a força do sol, a fluidez das marés, a retidão das montanhas.
Faço yoga ao despertar.
Ela gosta tanto de meditar que continua sentadinha
até chegar do lado de cá!
Acato a posição pélvica com total respeito ao seu organismo e direito de nascer naturalmente.
Uma prova de fé para meu corpo sagrado de fêmea.
Não abro espaço para o medo e a ignorância alheia.
Confio no poder que há em mim.
E garanto o rito de iniciação para as duas.
A força de Laila para sair do “paraíso” e tornar-se pessoa.
A força de Fernanda para ultrapassar as camadas mais profundas de sua história durante o trabalho de parto e tornar-se mãe.
Sinto as contrações do útero como um buraco negro do Universo: não dá pra escapar; o tempo para e o espaço deixa de existir.
O corpo é tomado por uma força irracional.
As contrações chegam ao máximo e o rosto de minha filha aparece três vezes, na distância do tempo em que está para sair.
Sou levada à outra dimensão pouco antes de parir.
Quando me dou conta estou falando “ama, ama”, palavra basca para mãe, e mexendo os lábios como se sugasse o seio.
O macho segura a minha mão.
Laila está chegando.
Neste momento entram outros médicos, além da obstetra.
Se surpreendem ao ver um parto pélvico e começam a disseminar a ignorância.
Protejo a mim e a minha filha.
Os perdoo.
Eles não tem ideia do poder que é ser fêmea e parir.
Quando Laila está em meus braços sinto a paz no mundo.
A recebo como guia em meu processo como mãe.
E me entrego 24 horas por dia ao seu desenvolvimento.
Com o apoio e respeito da família, vivo a maternidade à minha maneira, absolutamente instintiva e respeitosa ao organismo vivo que é Laila.
Experimento na prática os benefícios de toda minha transformação como pessoa.
Garanto um estado de presença e entrega absolutos para enfrentar os radicais desafios para o corpo e a mente.
A maternidade é a maior escola de ralação de ego.
Não há templo, guru ou escritura sagrada que se compare à prática de cada momento vivo e desafiador com um ser puro, recém-nascido, totalmente aberto e dependente, através de suas necessidades orgânicas de sobrevivência e desenvolvimento.
Minha radical entrega à maternidade também é um caminho de prevenção às doenças do mundo.
Estou segura de que a concepção, gestação, parto, amamentação e acompanhamento intensivo nos primeiros anos de vida são absolutamente fundamentais para a construção da pessoa que minha filha torna-se a cada dia.
Ajudar a ser quem ela é, em todo seu potencial de vida, é a missão que tenho como mãe.
Quanto mais forte o vínculo de amor como prática diária – não como ideal ou conceito abstrato – mais concreta é a saúde plena em forma de alegria e vontade de realização deste ser-no-mundo.
Fêmea
Não faz muito tempo que assumi a fêmea que eu sou.
E o poder que há em mim.
Nasci com vulva, vagina e útero.
Essa é minha identidade no reino da Natureza.
Não nasci pássaro.
Não nasci flor.
Nasci fêmea humana.
Em meu corpo está o poder de gerar a espécie.
Em meu útero o mistério da criação é uma realidade.
O óvulo que eu produzo une a terra ao céu.
Meu ventre é morada do criador para tornar-se criatura.
A energia da vida é a energia sexual-espiritual
em minha pelve.
Ao despertar o corpo íntimo desperto a Consciência.
Sou um templo sagrado de amor.
Sou um templo erótico.
Sou um templo vivo.
Como fêmea decidi parir a mim mesma: a mulher que eu sou.
“Mulher” é mais código cultural que voz em carne viva.
Como espécie, somos fêmeas humanas.
Identificadas por vulva, vagina e útero.
Do ventre materno ao desenvolvimento extrauterino, o mundo nos penetra.
E aos poucos, perdemos o instinto natural, livre e sábio que orienta o organismo total que somos.
Absorvemos códigos familiares, educativos, culturais, religiosos, campos de energia, emoções, condutas…
Nos tornamos fêmeas domesticadas ou mulheres construídas pela cultura dominante, por sistemas machistas de pensamentos, crenças e valores.
Perdemos a conexão com nossas entranhas.
A natureza cósmica e orgástica, a absoluta força criativa que está disponível em nossos úteros, onde criamos a raça humana, nos escapa.
O sexo, o ato máximo da criação, Deus em si, é vivido como masturbação no corpo alheio.
O orgasmo torna-se desespero, alívio, frustração.
O encontro sexual profundo, o êxtase, os estados alterados de consciência, a experiência unidade-totalidade é imaginada como impossível.
Há uma relação direta entre a insatisfação íntima da mulher em ser quem ela é e os bloqueios sexuais para o orgasmo e o encontro sexual profundo.
É preciso acessar o corpo íntimo da fêmea.
Atravessar o falso, a performance, a atuação para satisfazer o outro e o mundo; perdendo a si mesma.
Despertar para a Presença, para ser a fêmea que é, não a mulher construída, idealizada ou a que finge ser.
Toda mulher é orgástica.
Basta despertar a consciência para o corpo erótico, o corpo vital: as próprias entranhas.
E isso não depende de parceiro nenhum.
Depende apenas de si mesma.
“ A Mulher cria o universo, ela é o próprio corpo deste universo. A Mulher é o suporte dos três mundos, ela é a essência de nosso corpo. Não há outra felicidade senão aquela proporcionada pela Mulher. Não há outro caminho senão aquele que a Mulher pode abrir para nós. Nunca houve e nunca haverá, nem ontem, nem agora, nem amanhã, outra ventura senão a Mulher; nem reino, nem peregrinação, nem yoga, nem prece, nem fórmula mágica(mantra), nem ascese, nem plenitude além daquela prodigalizada pela Mulher.”
Shaktisangama-Tantra II. 52
Mística
Aos 6 anos questiono meus pais sobre prática espiritual.
Escolhem uma pequena igreja na Urca, Rio.
Abandono a fé uma década depois, ao ver um mendigo ser brutalmente ignorado por um, assim chamado, cristão.
Transfiro a o ideal humano para o jornalismo.
Entro na universidade e foco em construir uma carreira de sucesso.
Consigo.
Até ser vítima de injustiça, assédio sexual e violência na Floresta Amazônica, pela busca da verdade.
Aos 27 enterro o jornalismo em meu coração.
Surge o príncipe encantado.
E no aniversário de 29, volto à igreja da infância para casar.
Ao final da missa, a tempestade.
Ao final da festa, a quase morte.
Escolhi um barco, talvez por lembrar dos barcos de papel que enviava à Deus ali, depois de rezar.
Na despedida, atravessando ao píer, caio no vácuo
e quase sou esmagada pelo barco.
Salva pelo faxineiro, a quem disse ao chegar, que era a pessoa mais importante da festa.
Pedi para estar alerta ao chão; pois intuía um acidente.
Como jornalista dizia que não me casaria.
Estava distante da alma e não queria construir família.
Mas estávamos apaixonados.
E eu tinha um vestido lindo, comprado em Milão.
Trocamos alianças de pedras preciosas.
A noite de núpcias no topo do Copacabana Palace.
A lua de mel em Paris.
Fui mancando a mesma perna esquerda; atingida no ano anterior em outro acidente, com a Harley Davidson do marido, poucos dias antes do teste de palco para a Escola de Artes Dramáticas da USP.
Acumulo feridas, mas continuo o conto de fadas.
Até Dionísio, o deus da metamorfose, me penetrar.
Entrego-me ao Teatro.
A família e o marido resistem.
Dionísio atravessa minha carcaça.
Abre minhas entranhas.
Me desmascara.
Me faz experimentar do abismo ao êxtase.
Estou nua pela primeira vez.
Descubro a Presença.
Transbordo a vida que há em mim para o palco.
O marido distancia-se de meu corpo.
E experimento a dissolução do ego em orgasmo cósmico.
Ao final, nem o marido nem o amante.
Passo a viver a sós comigo.
Faço de um apartamento vazio um monastério particular.
Abstenção de vida social.
Celibato.
Experimento a solidão pela primeira vez.
E sou transformada radicalmente, de novo.
Entrego-me em abertura ao Silêncio como mestre.
A contemplação é o encontro com Deus.
Não há intermediários.
Não há templos ou pessoas que substituam a experiência direta e íntima com Deus em si.
Experimento a verdade que buscava.
Está dentro de mim.
A interioridade é a experiência mística.
E paradoxalmente, quanto maior a liberdade e a convicção a partir da experiência íntima, maior a compreensão e abertura à qualquer forma de religião.
Em essência, são símbolos e caminhos para o homem conhecer a verdade em si mesmo, no interior do ser; todas são expressões do Absoluto, mais além dos dogmas ou nomes que propõem.
Passo por uma autêntica prova de fé.
A transformação espiritual me faz questionar sobre minha presença na terra: para que eu sirvo?
E me dou conta que tornar-me uma pessoa melhor passou a ser uma necessidade.
Entro em conflito com a realidade que estou vivendo; trabalhando como atriz e podendo ter mais sucesso a partir da estreia da série “ (fdp)” na HBO.
Ao final dos 33 anos, ao entrar no mar, sou levada pela correnteza.
Fico próxima a grandes pedras, de onde pescadores só me olham.
Não consigo nadar.
Faço sinal para que me vejam na areia.
Nada.
Sou ótima nadadora.
Não saio do lugar.
Respiro.
Olho a montanha em frente ao mar.
Há três cruzes no alto.
Me abro.
“Faça-se em mim a tua Vontade.”
Sinto a água no queixo.
Estou serena.
O que sou de verdade não morre. A identidade sim.
Acesso um estado de profunda paz e rendição.
E uma prancha é lançada das pedras.
Vejo um homem, meu cunhado, que já foi pescador, vir me salvar.
No aniversário de 34, estou nua para as filmagens da série “(fdp)” como Vitória, bandeirinha de futebol fotografada para a Playboy, por JR Duran.
A experiência me transforma radicalmente, de novo.
Me dou conta que preciso integrar a beleza e o poder
da fêmea que eu sou ao novo estado de consciência.
Escrevo Nua em Gestalt-terapia e Vulvoscopia.
Claudio Naranjo, indicado ao Nobel da Paz, recebe os textos e me chama para conversar.
Incentiva minha caminhada como escritora e terapeuta.
Na estreia da série “( fdp)” na HBO, estou em Ávila, estudando Santa Teresa e São João da Cruz;
e em outras experiências profundas de estados
alterados de consciência.
Ao conduzir como terapeuta, o primeiro grupo com temática sexualidade-espiritualidade, experimento a possibilidade de servir às pessoas sendo quem eu sou.
Descubro minha vocação como mística moderna.
Transformo a mim mesma e a minha própria vida como um serviço ao Deus que habita em mim e no próximo.
A integração entre a autossuperação e a ajuda às pessoas é meu novo – e único – caminho.
Ao reencontrar a alma, experimento a maior das graças: Deus sendo gerado em meu ventre, na carne e espírito da criatura, a quem dei o nome de Laila,
nascida em parto pélvico e normal.
A recebo como um empréstimo divino e a máxima guia para minha evolução.
Se alguém me ama, guardará minha Palavra, e meu Pai lhe amará e viremos a ele e faremos morada nele.
João, 14,2
O Reino de Deus está dentro de vocês.
Lucas, 17,21
Não vá para fora. Volta para dentro de ti mesmo.
No homem interior habita a Verdade.
Santo Agostinho
Um não se ilumina imaginando figuras de luz,
senão fazendo consciente a escuridão.
C. Jung
Porque o mais puro padecer
traz o mais íntimo e puro entender,
e por consequência, mais puro e subido gozar
porque é de mais adentro saber.
São João da Cruz
Tudo passa. Só Deus basta.
Santa Tereza de Ávila
Fernanda Franceschetto
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VULVOSCOPIA FF
Vulvoscopia é experimentar o autêntico poder feminino a partir da integração “ sexualidade – espiritualidade” como um canal para a realização íntima e a totalidade do ser:
corpo – vulva – vagina – útero – coração – consciência – ser
O objetivo é a tomada de consciência da mulher ao experimentar-se como realmente É; mais além da autoimagem, do ego, da ideia fixa e limitada que tem sobre si, como consequência do poder cultural e da desconexão com seu corpo como guia e templo sagrado.
FF A TRILHA
Acompanharás aqui as três grandes fases da autotransformação FF. Os títulos referem-se igualmente às três últimas capas da neurose em gestalt-terapia; e também ao processo de transformação em tradições espirituais.
FF renascimento
2017
Após 1000 dias de vivência integral e exclusiva da maternidade, Fernanda Franceschetto abre um espaço de contato na internet para comunicar suas experiências femininas, espirituais e profissionais de autotransformação FF e Vulvoscopia – experimenta a mulher que tu és – um processo criado pela terapeuta FF especialmente para o público feminino, baseado na terapia gestalt e na experiência transformadora de FF como mulher.
2016
Laila completa dois anos em abril e passam a viver juntas na nova casa em Porto Alegre. FF segue entregada à maternidade 24 horas por dia, dedicada ao vínculo de amor na prática relacional intensiva e ao desenvolvimento integral de sua filha: corporal, emocional, intelectual e espiritual. Viajam para a terra basca do pai no verão europeu. Ao voltar, começa a desenvolver o site FF nos momentos em que recebe apoio da família; pois Laila só entrará no jardim de infância da Pedagogia Waldorf aos 3 anos.
2015
Laila completa um ano de vida, com celebração cristã – xamânica de batismo e plantio da placenta sob uma árvore de Oliveira. FF segue experimentando a maternidade 24 horas por dia. Olhos nos olhos. Pele com pele. Palavra e conversa. Som e música. Movimento autêntico. A guia do processo é a filha, a vida pura, o organismo sano e íntegro direcionando FF a ser e a estar transparente. Descobre em Laila o mais potente mestre espiritual ao ser desafiada a viver em estado de presença integral, em total atenção e abertura. Sua transformação como mulher, antes de ser mãe, foi fundamental para enfrentar os desafios da maternidade: a maior escola espiritual de ralação de ego. FF confia na direção proposta pelo organismo vivo que é Laila e na fêmea que FF é. Nutre a criatura de corpo e alma – em processo de desmame natural. O puerpério é a maior prova – e a maior oportunidade – para a integração profunda de si mesma.
2014
Aos 6 meses de gravidez, FF faz um retiro a sós com Laila na barriga em plena natureza, durante 40 dias: alimenta a filha com o silêncio da lua, a alegria dos pássaros, a força do sol, a fluidez das marés e a retidão das montanhas. Faz yoga ao despertar. Laila gosta tanto de meditar que continua sentadinha até chegar do lado de cá! FF acata a posição pélvica com total respeito ao seu organismo e direito de nascer naturalmente. Uma prova de fé para seu corpo sagrado de fêmea. Não abre espaço para o medo e a ignorância alheia. Confia no poder que há em seu corpo. E garante o rito de iniciação para as duas. A força de Laila para sair do “paraíso” e tornar-se pessoa. A força de Fernanda para ultrapassar as camadas mais profundas de sua história durante o trabalho de parto e tornar-se mãe. Laila vem ao mundo em 25 de abril de 2014, em parto pélvico e normal.
2013
Realiza-se a profecia do vidente cubano, feita em outubro de 2012, na Itália, durante o aniversário de 80 anos de Claudio Naranjo: FF engravida de Iñaki Zapirain na Espanha, após trabalho de condução de grupo gestáltico com tema Morte e Vida, em Amalurra, Biscaia. FF volta ao Rio Grande do Sul, Brasil, depois de 18 anos longe da casa dos pais, por sentir o chamado da terra para preparar-se integralmente ao processo mais radical de sua existência: parir sua criatura, de forma natural. Estar grávida é puro êxtase. FF sente-se integralmente fêmea, um animal sagrado, de radical beleza, durante os encontros sexuais de amor com o macho/ homem/ pai da criatura: a união plena do corpo em instinto puro e de alma integrada, enamorada.
2012
No 29 bissexto de fevereiro, FF e o basco encontram-se na carne: 10 dias de amor sem sair do apartamento. Os escritos Vulvoscopia e Nua em Gestalt-terapia são reconhecidos e elogiados por Claudio Naranjo, durante Simpósio Internacional de Psicologia dos Eneatipos, em Brasília – onde também FF e Iñaki Zapirain assumem-se como casal. FF experimenta pela primeira vez o ritual do Santo Daime. Êxtase do início ao fim. Dissolvida. Plena em Amor. A confirmação da purificação de ego a que FF vem se entregando, em respeito a sua essência, a sua alma. Estreia a série “( fdp)” da HBO no Brasil, enquanto FF vive novas experiências místicas na terra de Santa Teresa de Ávila. Tem um despertar da kundalini e sente o corpo de Cristo vivo em si, um estado de soberania da alma, durante experiência com a ayahuasca, guiada por um psiquiatra e xamã peruano. É envolvida por uma densa e luminosa “massa de energia”: sente-se completamente abraçada e perdoada por ter feito um aborto quando jovem jornalista. Não permite a divulgação de suas fotos nuas na Playboy. Conduz seu primeiro grupo gestáltico na Espanha, sob tema: Sexualidade – Espiritualidade. É tomada por um profundo sentimento de auto-realização. Sente a vocação de servir ao próximo confirmar-se pela potência do trabalho apresentado/ canalizado. Escuta o chamado para ser mãe, a partir da união sexual sagrada que está vivendo e da consciência de seu renascimento como mulher.
2011
Segue experimentando 24h em rotina de silêncio, yoga, meditação, leitura, desapego material e social no apartamento da rua Oscar Freire. Só sai para trabalhar como atriz nas filmagens da polêmica e divertida personagem Vitória, a “ bandeirinha gostosa” da série “(fdp)” da HBO, uma ficção sobre os juízes de futebol. Sente um choque ao ser capturada nua pelas câmeras de JR Duran. Pede para ouvir The Doors e entrega-se à experiência em seu próprio corpo. Cria com Marcus Bastos e Karina Montenegro a Performance de Cinema ao Vivo para o Circuito de Artes do SESC-SP: “Ela, Só…” – uma andarilha mística e solitária em busca do amor. Tem planos de seguir a imersão no silêncio e aprofundar as práticas espirituais no corpo: “ Sinto-me preparada para seguir o caminho espiritual de maneira solitária. Mas se este não for o plano para mim, indica-me o homem que poderá acompanhar-me e aceitar o que sou em minha jornada.” No final do ano, surge um gestaltista e filósofo basco. Encontro de almas. Comunicam-se por e-mail durante quase 5 meses, todos os dias.
FF morte
2010
Aos 33 anos, em frente ao mar e ao lado de seu cachorro, na casa com praia particular, escuta uma voz interna:
“ entrega-te.” Conquista o papel feminino mais polêmico da série “ ( fdp)”, da HBO: a bandeirinha de futebol – capa da Playboy. O marido não aceita. FF sai de casa. Compra um colchão de solteiro e começa a viver sozinha, no apartamento vazio do casal, em plena rua Oscar Freire, lugar de absoluta ostentação do poder do dinheiro. A gravação da série é adiada. FF recebe um texto para formação em Gestalt-terapia. Decide fazer. E transforma o vazio do apartamento em um monastério particular. O Silêncio torna- se o guia de FF. Abstenção social. Celibato. Imersão em livros de filosofia e práticas/ experiências místicas. Experimenta o corpo ferido, a vulva – alma em dor. Inicia a grande viagem ao interior de si mesma. No final do ano, um rito de passagem: ao entrar no mar é sugada por uma corrente até as pedras, onde há pescadores, que nada fazem. FF não consegue se mexer. Vê as três cruzes no topo da montanha em frente ao mar. Respira. Neste momento experimenta o que É: “ Faça-se a Tua vontade”. Com água no queixo, é resgatada por seu cunhado, antigo pescador, que lança uma prancha de surfe.
2009
Estreia no Club Noir, em SP, “O telefonema”, com direção de Juliana Galdino. FF é protagonista da peça espanhola sobre uma atriz que realiza o sonho de ser famosa; mas é perturbada pelo fantasma do aborto que fez para não atrapalhar a carreira. O marido de FF, envia imensa cesta de flores na estreia, mas novamente não está presente. Tempo depois, FF decide fazer os testes para a Escola de Artes Dramáticas(USP). Vive em quarto separado do marido. Apesar da profunda crise emocional, apresenta com sucesso as duas provas de palco, com textos escolhidos por FF: “ O lamento de Ariadne” , de F. Nietzsche e “Comunicado a uma Academia”, de F. Kafka.
Na última, prova pública, é ovacionada pela plateia presente. Passa para fase final, onde não há registro ou informações sobre desempenho ou notas. Não vê seu nome na lista dos aprovados. Entra em profundo transe e angústia de vazio. Não compreende. Perde o chão. Não sabe mais o que fazer. Não sabe para onde ir.
2008
Destaque da revista VIP de fevereiro, como uma das musas do teatro contemporâneo, em entrevista polêmica sobre saída do jornalismo e assédio sexual. Crise no casamento. Encontro com F. Nietzsche, Shoppenhauer, T. Mann, Heidegger e Deleuze.
É atriz em três longa- metragens: Bróder , de Jeferson De/ SP; Linha de Fuga, de Alexandre Stockler/ SP e Muamba, de Chico Faganello/ SC. Faz experimentações em seu corpo durante temporada no hotel das filmagens em Florianópolis. Ao chegar em São Paulo, o marido pede a volta de FF para casa. Leva uma carta ao cinema e a entrega. Jantam no Terraço Itália onde faz um convite: entrar no carro e pegar a estrada para Santa Catarina com a roupa do corpo para encontrar uma nova casa na praia, um recomeço do casamento. Vivem a melhor temporada de união sexual de suas vidas. E ao comprarem a casa, o marido pede a FF que chame o amante ao telefone e o diga que nunca mais voltará.
2007
Nasce “ Clitóris Mestra”, a brutal personagem feminina da peça FEBRE, de Marcos Azevedo que leva FF ao abismo de sua sombra. A atuação de FF é catalogada entre as melhores cenas dos 25 anos do Teatro Brasileiro, por Lenise Pinheiro, da Folha de SP, em seu “ Fotografia de Palco”. Duas experiências místicas: o deslocamento do próprio corpo durante a atuação – vê a personagem separada de si mesma – e experimenta-se apenas como um estado de presença total, como observadora. A segunda: um orgasmo cósmico. FF absolutamente dissolvida. Sem identidade, tempo ou espaço. Pura energia em dois círculos: um verde e outro violeta. Presencia a famosa obra, a vulva de Courbet: “A Criação do Mundo”, na reinauguração do Grand Palais, em Paris. E entra em choque ao ver a escultura . . . de Rodin: a posição dos corpos é a mesma da cena Totem criada por FF e Ravel na peça FEBRE. A Aranha de Bourgeois na Tate Gallery, em Londres, concretiza os pesadelos com sua própria mãe – e a parte desconhecida e sombria do feminino – transpostos para a mesma peça.
2006
Aos 29 anos, em 29 de janeiro, dia do casamento, FF quase morre ao cair no vácuo entre o barco da festa e o píer da Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Um dia entre sol e tempestade, iniciada logo após a celebração religiosa na igreja Nossa Senhora do Brasil; onde FF teve a primeira prática espiritual na infância. Lua de mel em Paris, mancando a perna esquerda, novamente ferida. Na volta é convidada para ser apresentadora de um programa de auditório de música clássica na TV Cultura, o Prelúdio. Deixa o programa um tempo depois, por falta de cumprimento do acordo financeiro para o trabalho e episódio de assédio sexual. O marido de FF assina a compra de uma mansão em bairro nobre de SP sem a presença de FF, apesar de terem escolhidos juntos a casa. A ideia é ampliar a família. FF não sente desejo de ser mãe. Realiza o curta- metragem Layla – sua primeira imersão artística, a partir da solidão existencial que experimenta em si mesma. Segue investindo em cursos de atuação para cinema e teatro.
2005
FF tem o lado esquerdo do corpo queimado ao sofrer um sério acidente de moto, justo antes do teste de palco para a Escola de Artes Dramáticas da USP(EAD). Paralisada, na bela casa em nobre bairro paulistano, começa a sentir-se um pássaro aprisionado. A crise interna a leva à psicanálise com o Dr. Claudio Cohen, em São Paulo. O marido não concorda que Fernanda vá às consultas.
2004
Episódios de assédio sexual e a não execução de acordo financeiro por seu trabalho como apresentadora, levam Fernanda a desafiar o chefe da TV e a aceitar um trabalho extra como apresentadora de cerimônias de um evento da editora Abril, na Praia do Forte, Bahia. Lá, sob o céu aberto das ruínas do primeiro castelo medieval do Brasil – o Garcia Dávila – conhece o futuro marido. Ao voltar, aos 27 anos, FF é pedida em casamento e demitida sem justa causa. No Natal ganha – de surpresa – duas filhas postiças: uma criança de 5 e uma adolescente de 15 anos, que moravam – até então – na Austrália com a mãe brasileira. A mais velha também se chama Fernanda Fernandes. E lembrava de ver FF na TV como jornalista, quando sua mãe lhe dizia: “ olha, essa moça tem o mesmo nome que você. “
FF agonia
2003
Aos 26 anos, FF inova o telejornalismo brasileiro, ao assumir a bancada do programa diário e matinal de duas horas, “ Fala Brasil”, ao lado do jovem colega Alexandre Giachetto. A dupla torna a apresentação mais dinâmica: saem da bancada, movem-se pelo estúdio, interagem entre si e com a equipe, além de fazer a gravação dos textos ritmadas, em voz dupla. O próprio jornal O Globo, através da revista da TV aponta o novo estilo de telejornalismo, apresentado pelos jovens da TV Record. A Universidade de Jornalismo do Mackenzie também os convida a palestrar sobre a inovação. Jamais foram reconhecidos por isso ou tiveram seus salários como apresentadores reajustados – ao contrário, continuaram sendo pagos como repórteres, mesmo depois de aumentarem o ibope do programa. Com o tempo, as emissoras concorrentes assumem a inovação proposta por FF e Alexandre Giachetto.
2002
FF torna-se refém dos madeireiros da Amazônia, cercada por 600 pessoas e obrigada a entregar suas fitas de reportagem investigativa feita para o Repórter Record, em troca da própria vida. Durante a fuga, é escoltada por policiais e volta ao barco do Greenpeace, de onde transmite ao vivo a situação por rede nacional. Tem a voz cortada no ar ao revelar o nome do político e madeireiro responsável por incitar à violência contra os jornalistas e ativistas do Greenpeace. Ao voltar FF entra em crise com o jornalismo e decide começar aulas de teatro como hobby.
2001
A vaga que Fernanda não quis assumir de moça do tempo é aberta à outra bela e competente jornalista da PUC-RS que logo torna-se namorada, noiva e esposa do diretor de jornalismo. Fernanda é demitida sem justa causa, algum tempo depois. A alegação, jamais comunicada oficial ou diretamente pelo diretor de jornalismo, é de que uma falsa informação na reportagem de FF, apresentada por Patrícia Poeta e César Tralli, no SPTV, havia causado constrangimento. O dado usado por FF estava na pauta da reportagem, assinada por outra jornalista, responsável pela produção.
2000
Aos 22 anos, FF realiza o sonho de estrear como repórter na TV Globo em São Paulo – depois de insistir e negociar para não ser a moça do tempo( boatos entre os cinegrafistas davam conta de que ela seria a “nova namorada do chefe” – o que irrita FF). Mostra sua vocação como repórter e é escalada para a transmissão especial do Festival da Musica Brasileira, ao vivo em rede nacional, no horário nobre. Também é repórter em todos os telejornais da TV Globo: Bom dia SP, Bom dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo, SPTV 1, SPTV 2 – exceto o JN.
1999
Aos 21 anos é convidada para fazer um teste como moça do tempo na TV Globo, em São Paulo: o convite é feito durante um encontro nacional de editores, quando FF se apresenta como responsável pela região sul para o Jornal da Globo. Um diretor encanta-se com a beleza e voz de FF e diz: “ você precisa estar em frente às câmeras!” FF explica que além de editora do JG é a moça do tempo na RBSTV, e que sonha em ser repórter. Vai para SP fazer o teste. E quando volta a Porto Alegre – pois ainda precisa formar-se em jornalismo – o diretor de jornalismo a demite por não concordar com sua ida a São Paulo.
1998
Como modelo da Elite Models, onde trabalha após sair da Band TV, FF é chamada para um teste na RBSTV, filial da Globo, em Porto Alegre. Aproveita a ocasião e mostra seu talento como jornalista. É contratada para ser a nova “moça do tempo” dos mais importantes telejornais gaúchos. Também aceita a vaga como editora do Jornal da Globo no sul. Segue insistindo ao chefe que “quer ser repórter” e consegue contar pelo menos uma linda história, além do tempo: uma relação de amizade, registrada em cartas, entre uma menina doente e o grande escritor gaúcho Érico Veríssimo. A primeira reportagem de sua vida como jornalista.
1997
Colegas da faculdade de Jornalismo fazem denúncia anônima contra FF ao Sindicato dos Jornalistas, alegando que ela não pode estar na televisão pois ainda não é formada. A TV Band não paga multa para manter a “ estagiária “ e Fernanda precisa sair.
1996
Aos 19 anos, torna-se apresentadora de televisão, na Band, de Porto Alegre, ao recém começar a faculdade de jornalismo na PUC- RS. Ainda com sotaque carioca, estreia no “Jornal da Hora”, substituindo o apresentador Mauricio Saraiva, a quem considera seu primeiro “professor”. Também apresenta o Band Cidade, em substituição à Lúcia Mattos, durante as folgas. Sofre o primeiro acidente em sua vida como jornalista, ao rolar das escadas em direção ao estúdio e rasga o queixo.

FF renascimento
2011 – 2017
Este período retrata a explosão de vida, o encontro com a emoção e o ser genuíno, o renascimento da mulher FF a partir da entrega ao seu corpo e alma; a descoberta como fêmea sexual- sagrada, mística moderna, terapeuta e mãe de Laila, nascida em parto normal e pélvico.

FF morte
2004 – 2010
O período de morte ou implosão, retrata o encontro de FF com os aspectos mortos dentro de si, a partir do divórcio e da transformação pelo teatro; e também à experiências místicas de deslocamento do corpo e de proximidade com a morte física.

FF agonia
1996 – 2003
Situações de injustiça, assédio sexual e violência sofrida como jornalista de TV fazem FF viver em constante agonia apesar de seguir tendo sucesso na mídia; seu ego está apegado ao reconhecimento externo, para evitar os riscos de crescimento a partir da frustração.
BLOG FF SEM CENSURA
Salve, Irmandade! Aqui estarei nua para vocês, desde a alma! Comunicação honesta e direta! Sejam bem- vindos!
a nova era dos relacionamentos
15 de junho de 2023

A nova era dos relacionamentos amorosos e íntimos pode ser resumida em três frases: “O corpo tem sido ferido e precisa ser curado.” “A sexualidade não é uma atividade esporádica de lazer. É uma maneira de Ser.” A primeira é da grande mestra tântrica ocidental, Margo Anand. A segunda de Lowen, pai da bioenergética. A de Margot representa a primeira metade da jornada terapêutica tântrica no Laboratório do Amor FF. As de Lowen, a segunda metade. Entrar no Laboratório do Amor FF é experimentar a si mesmo na travessia da Dor ao Amor. Eu não dou “cursinho de massagem tântrica”. As pessoas ainda pensam…
Read moredesejo que no simbólico dia dos namorados vocês respirem
11 de junho de 2023

Desejo que no simbólico dia dos namorados vocês respirem. Parem com a parafernália comercial da data e se proponham uma experiência inédita juntos: não fazer nada no automático, não repetir o mesmo de sempre. Parem. Parem de fazer para SER íntimos, com todos e em todos os sentidos. Parem para respirar juntos. Irmandade, é no respirar que a qualidade e energética da penetração masculino-feminino começa. É no respirar que penetramos em nós mesmos e estabelecemos a conexão profunda e autêntica com o outro. É no respirar que encarnamos A PRESENÇA NA PELE. A presença na pele, em cada toque e movimento, é a GUIA na travessia…
Read moresobre a loucura de tornar-se mãe
16 de maio de 2023

Sempre fui tão livre, tão livre, tão livre, que durante a maior parte da vida de jovem-adulta realmente não pensei e não quis ter filhos. Estava interessada nas conquistas mais visíveis, mais palpáveis, mais socialmente “aplaudíveis”. Meu ego amava receber olhares de admiração e aplausos por onde quer que estivesse passando. Dependia sim do reconhecimento externo para ampliar minha noção de existência, autoestima e auto valorização. Quando decidi mergulhar em meus abismos e transformar as sombras e condutas que já não faziam sentido…
Read morecomo pode ser tão desafiador amar a si mesma?
12 de maio de 2023

Como pode ser tão desafiador amar a si mesma? Reflete sobre a pergunta que faço, com serenidade e quietude. Pausa os discursos e críticas sobre a mulher ideal que te cobras, que te exiges performar. Abre um espaço-tempo para ti, para escutar o que teu corpo quer e precisa te revelar. Experimenta estar contigo, de verdade. Te abrir para aprender a te acolher. Te abrir para baixar da cabeça ao corpo. Te abrir para escutar tuas entranhas. Te abrir para desejar a intimidade contigo. Te abrir para sentir a imensidão da tua pele, do teu ventre, dos teus seios… Te abrir para a curiosidade em encontrar com calma e ternura tua belíssima vulva. Sim, belíssima. Do jeito que só ela é. Única, incomparável. Como tu. Precisamos aprender a acender o fogo acolhedor em nossa própria sexualidade para descongelarmos as couraças/escudos que…
Read morematernidade consciente é a jornada de autotransformação mais radical que se pode escolher nesta Terra
12 de maio de 2023

A maternidade consciente é a jornada de autotransformação mais radical que se pode ESCOLHER nesta Terra. É atender ao chamado da alma para evoluir através do constante confronto consigo mesma, e com tudo que se pensa saber sobre si. É morte e renascimento sem pausa. A criatura que gestamos, parimos, nutrimos e acompanhamos, arranca as nossas máscaras e revela a assustadora vulnerabilidade humana. Não há guru que chegue nem perto dessa façanha, que provoque confrontos internos tão revolucionários quanto ao “simples” existir de um bebê, de uma criança, de um adolescente, e mesmo de filhas(os) adultas(os) conscientes. Não dá pra se livrar das criaturas que trazemos ao mundo. E por mais mimimi modernoso que se cultive por aí, só se escapa da maternidade da boca pra fora. No mais íntimo de cada mãe, sentimos que jamais teremos nossa vida anterior ao parto ou à adoção, de volta. Nem a liberdade plena. E muito menos, o descanso. A maternidade consciente nos dá a noção dolorosa e concreta de deixarmos de ser a pessoa mais importante do mundo. Há outro ser na nossa frente. Ponto. Faremos tudo por…
Read moreo resgate do prazer em ser mulher, mesmo sendo mãe
12 de maio de 2023

Precisamos atravessar os tabus e aprisionamentos da cultura patriarcal que há séculos, através de nossas ancestrais, vem domesticando nosso instinto feminino. O instinto feminino é a própria natureza do sagrado: da potência erótica e criadora da Vida. O instinto feminino na concepção, gestação e parto de uma criatura são ritos iniciáticos, na…
Read moreFernanda Franceschetto
Seja bem-vinda, Deusa! Seja bem-vindo, Deus!
Me escreva quando quiser.
E também, esteja comigo!
Frente a frente.
Olhos nos olhos.
Corpo a corpo.
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