
A cada dia a vida me abre mais.
Me sinto habitando um corpo em expansão, ampliado pela força de uma alma que AMA.
Um amar contínuo e presente, que vai além da mente; que nada tem a ver com teorias, ideais românticos, paixões obsessivas e muito menos com dogmas religiosos.
É um fluxo amante, de dentro pra fora, que não passa pelo radar do ego esperando sempre receber algo em troca, como funciona o mercado de “amores”.
Talvez seja a humanidade que me habita e reconhece e ama a humanidade que há no outro.
Me sinto intimamente semelhante às pessoas, como outras versões humanas de um existir no mesmo espaço-tempo.
Contemplo as diferenças nos processos vitais, nos roteiros de vida de cada um, mas não nas emoções e sentimentos profundos que permeiam as batalhas diárias e dos quais ninguém escapa.
Sirvo à derrubada dos tabus que sustentam armaduras contra nossas próprias vulnerabilidades.
Todos sabemos o quanto é desafiador estar na própria pele e história.
Todos sofremos.
Todos sentimos espaços vazios dentro de nós e que nos angustiam.
Espaços que acabam sendo anestesiados por diversos tipos de vícios e formas de auto engano: trabalhar sem parar, necessidade de poder, dinheiro, fama, sexo compulsivo, comida e bebida sem consciência, drogas de todos os tipos, isolamento virtual e social, etc.
Não precisamos de julgamento alheio sobre os vícios, os erros e os fracassos.
E sim de reflexão e acolhida perante as dores e os medos de nossas histórias.
Precisamos nos sentir amados como somos, com tudo o que nos aconteceu e acontece a cada dia.
Precisamos de relacionamentos humanos e vivos, aqui e agora, em estado de Presença, que nos levem naturalmente a respeitar e amar o próximo que cruza com a gente.
Autora: Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF: A jornada íntima para tornar-se mulher sem tabu