
Não existe fora do corpo nenhuma palavra que substitua a vivência direta da investigação na sexualidade profunda (onde há troca de afeto, amor, alma).
Os textos podem até servir como rotas mentais mas jamais como aprendizado vivo e transformador na prática.
É preciso aprender a ficar nu de tudo o que pensamos “saber” sobre sexo para realmente VER a outra pessoa. Olhar com olhos virgens, de primeira vez. Como uma folha em branco. Sem passado nem futuro. Abertos ao encontro, presentes no aqui e agora.
Coragem para penetrarmos um no outro, livres de julgamento, (má) cultura e expectativa acumulados justamente pelo “conhecimento” que imaginamos ter e que na verdade nos separa, nos afasta da confiança nos sentidos e também da humildade necessária para realmente tocar e sentir a outra pessoa como ela é: única e incomparável.
. . .
É a partir da própria intimidade que criamos espaços de abertura para termos coragem de nos entregar honestamente à intimidade com o outro/a. Lembra de desligar o celular e penetrar teu corpo em conexão com 1)a tua respiração no aqui e agora, 2)com os sons que emites instintivamente e 3) com movimentos espontâneos: estes são os três autênticos guias para a sexualidade profunda que palavra alguma alcança! Desfruta! Viva la vida! Viva la vulva! Viva el falo!
Texto de Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF: A jornada íntima sem tabu
Foto: @milkformycoconut