
Hoje, através de um encontro inesperado, me dei conta mais uma vez, que a intimidade começa no
olhar.
Uma conversa franca, olhos nos olhos.
Estávamos realmente interessados no que o outro tinha a compartilhar.
Sem ansiedade. Nem atropelos.
Havia escuta genuína.
Nos sentimos acolhidos um pelo outro.
E me dei conta que posso estar assim, recebendo e sendo recebida por alguém pois a cada dia tenho tido coragem para virar os olhos para dentro e levar luz aos esconderijos escuros das vaidades, medos e expectativas despertados através das relações humanas.
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Ao olhar para as emoções negativas, compreender e buscar a travessia para as positivas, crio um caminho sólido de intimidade comigo mesma.
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Me torno mais completa e segura transformando os aspectos sufocantes de minhas máscaras, ajudando e dando as mãos a minha alma, ao meu ser essencial.
Abro espaço para receber e compreender minhas imperfeições, e me abro mais para aceitar e respeitar o outro.
Tomo consciência de que a intimidade que minha alma necessita e anseia é o oposto da idealização movida pela fantasia enganosa – e dolorosa – da perfeição.
Trabalho para estar mais inteira a cada dia, para me aceitar e me amar como sou, e assim poder complementar uma relação de partilha e de respeito à individualidade e ao caminho do outro, ajudando e incentivando que a pessoa seja cada vez mais quem ela é, e não desejando que seja uma personagem que se encaixe no roteiro de minha vida.
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Autora: Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF – A jornada íntima para tornar-se mulher sem tabu
Imagem: @carlota_guerrero
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