
Salve, irmandade! FF passando para compartilhar que hoje foi atrás de sua nudez e fêmea selvagem.
Voltei do primeiro treino puxado de natação e resolvi ficar pelada no quintal. Tirar todo o mofo desse inverno que tem me desafiado como nunca.
Há de se ter coragem para escutar a própria fêmea quando fica sem voz, amordaçada pela pressão externa de um mundo patriarcal que cobra resultado, eficiência, alta performance e competição a todo custo.
Há de se ter coragem para atender a própria fêmea e soltar as cobranças por perfeição nos processos do mundão e respirar o corpo para que não se torne jaula, desconectado do mundo interior e sem harmonia entre o pensar-sentir-agir.
Hoje falei pra minha fêmea e falo para a tua, mulher:
Deixa a fêmea abrir teu corpo livre e não domesticado.
Escuta o que ela te diz.
Acolha.
E experimenta abrir as pernas e respirar com plena atenção no eixo vulva-coração.
Venha o que vier.
Emoções, movimentos, silêncios, fantasias e especialmente: crenças mentais limitantes e negativas.
Acolha a tua fêmea.
Sem julgar.
Sem criticar.
Sem boicotar.
Sem debochar.
Sem desprezar.
Acolha.
A cada vez que a mente voltar a pressionar a tua fêmea através dos recursos que escrevi acima, não desista.
Concentra na respiração e no estado de presença e volta a abrir peito e pernas e estar contigo, profundamente. Confia.
A jornada íntima revelará a Guia que há em ti: seja ao teu aprisionamento ou a tua
libertação. Onde colocares a atenção, a energia aumentará. Acolhe a dor e segue a travessia ao prazer.
O poder está em ti. Escuta e experimenta a fêmea que te chama para ser ouvida, respeitada, amada e livre em toda sua sabedoria natural e selvagem – não presa do patriarcado.
Hoje a minha fêmea, disfarçada de serpente, decidiu começar a trocar de pele. A mulher selvagem que me habita invoca das entranhas pelo êxtase da primavera. E quer estar com todas e todos vocês. Aguardem o nosso convite!!!
Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF