
Já não preciso nem quero mais disputas entre feminino e masculino em minhas relações, dentro ou fora de mim.
Acolho, trabalho e curo os traumas e feridas de ambos, em cada parte de meu corpo-biografia-consciência, diariamente.
E dedico meu trabalho terapêutico a mulheres e homens, também com esta intenção: evoluir à integração dos opostos e complementares, à travessia da dor ao amor.
O patriarcado/machismo, existe dentro de todas e todos nós.
Não há como enfrentá-lo apenas externamente, com discursos ou compreensão cognitiva.
É necessário mergulhar em nossa própria jornada interior, como filhas e filhos deste sistema historicamente construído, e tomar consciência das sombras individuais para transformá-las coletivamente.
Confesso que já tive muito orgulho de meu masculino interior. Lutou muito, me defendeu ferozmente em todos os campos de batalha profissionais onde estive. Era pau na mesa mesmo. Venha o que vier.
A luta desde meu feminino surgiu nos campos mais íntimos. Desenvolvi força para dar fim ao que precisava, mesmo sentindo muito medo.
Enquanto o masculino interior triunfou em me defender bravamente dos constantes assédios sexuais e injustiças financeiras, o feminino interior conseguiu me proteger sabiamente das manipulações e tentativas de dominação para que eu deixasse de ser uma mulher livre, autônoma e poderosamente sexual.
Aos poucos, atendendo aos chamados das fortes dores acumuladas nas batalhas profissionais e pessoais, descobri o imenso campo de guerra, de fragmentação das energias masculina e feminina dentro de mim.
E obviamente os aspectos mais sombrios destas dinâmicas.
Especialmente o que eu projetava nos homens e não via em mim mesma.
Descobri por exemplo, que eu também poderia ser tão dominadora e insensível quanto eles.
E isso me levou a um novo estágio de busca por ampliação da consciência: como é a guerra interna que me habita?
quais são as minhas sombras e os opostos que não consigo integrar?
quais são os aspectos dolorosos/traumáticos que minha criança interior vivenciou em relação aos meus genitores e que preciso ter coragem para trazer à luz e curar sendo a mulher que sou hoje?
Somos todas e todos potenciais curadores de nós mesmas/os e do sistema cultural que reproduzimos.
A pergunta é: o que fazemos com tudo o que o patriarcado nos fez e faz diariamente, dentro e fora das quatro paredes?
Vamos despertar?
Vamos deixar de ser vítimas e trabalharmos juntos para começar uma nova História?
Vamos reencontrar o amor por nossa existência e assim desenvolver amor e compaixão pelo próximo, seja quem for, venha o que vier?
Texto de Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF: A jornada íntima sem tabu
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