Não abrir mão do que se quer experimentar e sentir através do corpo, em plena coragem, liberdade, consciência e autorresponsabilidade é regra de ouro para sustentar o amor próprio nos desafios da intimidade. Ainda mais quando se começa a ter interesse genuíno por alguém, seja afetivo ou sexual.

É muito comum, pela necessidade de ser admirada, desejada, aprovada ou aceita pelo outro – e também pelo medo da rejeição – surgir aquela amnésia instantânea e o esquecimento de tudo o que trabalhamos internamente e pregamos a nós mesmas e em nossos discursos feministas.

A sexualidade é a máxima potência vital, capaz de acionar imediatamente a força da sombra cultural de castração e domesticação feminina, especialmente através de uma conduta submissa e sem prazer na relação com o outro.

Ninguém tem o direito de te tocar e te penetrar contra a tua vontade e desejo.

Não permita que teus medos mais profundos – de ser abandonada, rejeitada ou não amada – te levem a agir contra ti mesma, contra os sinais de teu guia: o corpo. É através dele que tua alma comunica e grita quando algo não está bem, quando estás deixando de te amar, de te respeitar, de te escutar.

Confia no que ouves e sentes dentro de ti.

E sem culpa, vergonha ou medo, volta atrás nas condutas que te fazem mal e pára qualquer movimento ao tomar consciência de que NÃO QUERES!

Experimenta. A cada vez que atravessares o tabu da expressão, através do teu ser autêntico, te fortalecerás.

E confiarás ainda mais em ti e na tua íntima jornada de autoconhecimento e autotransformação.

Texto da autora: Fernanda Franceschetto
Comunicadora, psicoterapeuta gestalt, tântrica, jornalista, artista e mãe solo

Criadora do Vulvoscopia FF: A jornada íntima para tornar-se mulher sem tabu⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

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