Vulvoscopia FF

A castração da vulva será sempre a castração da mulher por inteira.

A vulva não é uma parte, nem a entrada de um buraco.

A vulva é a mulher, a abertura de um universo único com infinitas possibilidades de experimentações e vias de acesso tanto ao paraíso dos êxtases e alegrias quanto ao inferno das dores e violências.

A negação da imagem da vulva e o desconhecimento do prazer feminino é a consequência mais cruel do patriarcado, que castrou a todas nós através da domesticação de nossos instintos em diferentes níveis de submissão – em todas as fases de nossas vidas, desde a infância – para que os homens mantivessem o poder sobre nós – e que na ignorância vivenciamos como estar sendo “ amada e protegida”. Basta.

Já estamos na nova era, no tempo da consciência, do despertar. Não dá mais pra continuar ignorando a opressão e os opressores, dizendo ou fingindo que não sabe o que está acontecendo.

Agora permitir-se ser castrada é uma decisão.

A castração atual não é só literal e crescente – na mutilação da própria genitália em cirurgias estéticas – mas também energética, emocional, psíquica e espiritual ao fazer sexo sem prazer, sem vontade, sem querer, sem saber para que, “só para atender ao outro” ( aquela submissão também manipuladora, que aciona um feminino sombrio de poder sobre o outro).

Castrar-se é submeter-se, é entregar-se sem responsabilidade, é permitir-se ser violada conscientemente em troca de…? ? ?

Para.

Toma consciência. Volta para ti. Volta para a tua casa. Volta para teu corpo. Volta para teu templo.

Tua sábia guru – tua vulvacoração – te espera, para te ensinar o caminho pós patriarcado: aprender a amar a ti mesma! Não estás sozinha nesta nova caminhada!

 

Bençãos de coragem, fé e amor

Fernanda Franceschetto

fêmea, filha, mãe, escritora, terapeuta gestalt, atriz, jornalista e mística moderna

 

www.fernandafranceschetto.com

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