Minha missão é servir ao Amor, sendo quem eu sou. Uso minha própria vida e metamorfose como meio de inspiração, contágio e ajuda às pessoas que desejam a libertação, a transformação e a criação de si mesmas.

Não estou presa aos tabus da cultura patriarcal/machista, especialmente aos que se referem à intimidade do ser, da sexualidade e das relações humanas.

Tampouco estou refém de outros níveis de tabus menos óbvios na época em que vivemos e no meio em que atuo como terapeuta: os de pessoas que se mostram como salvadores, xamãs, cristos, budas, madalenas, shivas, shaktis, profetas, gurus que omitem e negam suas sombras, imperfeições e fracassos para construir personagens “ despertos ” e assim “ curadores” de seus seguidores, clientes, pacientes, alunos.

Eu estou aqui para servir à desconstrução da máscara íntima, social ou profissional; para servir à autenticidade do existir por inteiro.

Nas redes, sou imagem, sou palavras, sou voz, sou respostas, sou perguntas, sou dúvidas, sou provocação.

Na minha sala de trabalho, consultas e workshops, sou compaixão, olho no olho, corpo a corpo, lado a lado, escuta plena, voz clara e Silêncio acolhedor.

Nas origens da palavra “ terapeuta”, está o significado de alguém que trabalha na unificação de sua feminilidade interna e da virilidade de sua alma, não importa qual seja seu sexo, e designava homens e mulheres que cuidavam do SER, ou seja, do aspecto divino do ser humano.

Assim estou.

Entendo que as pessoas precisam ser ouvidas, tocadas, amadas e respeitadas plenamente em suas necessidades, seja elas quais forem.

Sem julgamento.

Atendo ao que elas precisam e desperto a força e a sabedoria interna para que a semente do seu próprio ser floresça.

Não há nada mais poderoso do que o acolhimento e o contágio de consciência através de uma pessoa sendo autenticamente quem ela é; libertando o outro a ser também quem é, inteiramente.

Sem tabu. Sem superioridade. Sem verticalização. Sem hierarquia.

É tempo de encontros no mesmo nível: o do coração, da fraternidade, da horizontalidade, da comunhão no simples e no profundo, da Presença nua, vulnerável, humana, viva aqui e agora.

Autora: Fernanda Franceschetto
Vulvoscopia FF

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