Salve, mulher. Salve, irmandade.

A potência de uma mulher não está da boca para fora.

Está da vulva para dentro.

Experimenta despir-te do discurso e largar a dependência de ser reconhecida/ admirada pelo outro.

Experimenta abrir as pernas e examinar o inferno que tornou-se a tua pelve, teu centro de poder.

A sexualidade feminina foi devastada.

E todas sabemos disso.

Coragem.

Tomarás tua vulva violada pelo patriarcado de volta.

Acolherás teu corpo em chamas por todas as dores e abandonos que sofreu – e que continuam vivos em tua pelve, coração e (in)consciência.

O fogo do ódio, da raiva, do ressentimento, da frustração, da brutal agonia pela submissão precisa sair para F O R A de ti, ser expressado, gritado, vomitado, chorado, liberado.

Transformado e curado pela água benta de teu próprio útero.

Liberta a ti mesma.

Salva a ti mesma.

Ama a ti mesma.

 

Bençãos de coragem, fé e amor

Fernanda Franceschetto

fêmea, filha, mãe, gestalt-terapeuta, jornalista, atriz e mística moderna

 

www.fernandafranceschetto.com

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