Nietzsche foi o sacerdote que me empurrou ao abismo da sombra para depois aprender a caminhar, a buscar a vida autêntica, a criança: o estado de ser – Deus em si.

Fernanda Franceschetto

Salve, Irmandade!

Aos 40 anos – a completar dia 29 de janeiro – o presente é sentir-me viva.

Cada vez mais viva.
Recebo cada momento, cada encontro, cada dia com a abertura e a curiosidade de uma criança.
Sou hoje o estado que comecei a buscar ao ser desafiada pelo grande mestre Frederico, meu querido Nietzsche.
Fernanda Franceschetto é identidade criada
entre A.Z – D.Z: antes e depois de Zaratustra.
Meu marco de transformação é a leitura das três metamorfoses do espírito: Camelo – Leão – Criança.

Camelo jamais fui. (o “tu deves”)
Leoa, sempre. ( o “eu quero”)

Estava perdida; não fosse a saída pela Criança.
“ Dizei-me, porém, irmãos, que poderá fazer a criança, de que o próprio leão tenha sido incapaz? Para que será preciso que o altivo leão tenha de se mudar ainda em criança?
É que a criança é inocência e esquecimento, um novo começar, um brinquedo, uma roda que gira por si própria, primeiro móbil, afirmação santa.
Na verdade, irmãos, para jogar o jogo dos criadores é preciso ser uma santa afirmação; o espírito quer agora a sua própria vontade; tendo perdido o mundo, conquista o seu próprio mundo.
Disse-vos as três metamorfoses do espírito: como o espírito se mudou em camelo, o camelo em leão, e finalmente o leão em criança.”

Assim falava Zaratustra
( F. Nietzsche)

Graças a Deus, tenho um caminho a fazer.
Há vida, além da voracidade da leoa.
Já havia experimentado tudo o que queria e não havia encontrado o sentido, não havia encontrado a Verdade!
Quando Frederico diz: “Deus está morto”, concordo!
É a morte do Deus fora de si!
Não há Deus sem a religação íntima consigo mesmo!
E Nietzsche foi o sacerdote que me empurrou ao abismo da sombra para depois aprender a caminhar, a buscar a vida autêntica, a criança: o autêntico estado de ser.

“ o homem é uma corda estendida entre o animal e o super- homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso caminhar; perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar. O que é de grande valor no homem é ele ser uma ponte e não um fim: o que se pode amar no homem é ele ser uma passagem e um ocaso.”

O salto ao abismo me fez encontrar o animal puro, a fêmea sagrada, dionisíaca e a sinalização do além-homem, o fruto das três metamorfoses do espírito: o homem inteiro.
Ou, melhor: a mulher inteira.
Entreguei-me a um profundo processo de transformação.
E pari a mim mesma como mulher.
Agora, aos 40 anos, entrego a vocês, o meu presente: o site FF, a prova viva de minha caminhada em busca do ser para tornar-me instrumento de serviço à evolução da consciência humana.

Irmandade, seguimos unidos!
Bençãos de coragem, fé e amor

Fernanda Franceschetto
Fêmea, filha, mãe, terapeuta, atriz, jornalista e mística.

www.fernandafranceschetto.com

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