Vulvoscopia FF – intimidade

Todas as relações que vivemos constituem o nosso corpo, estão ao alcance da nossa pele.

Ao tocar a nós mesmos ou sermos tocados por outros, penetramos este tecido vivo, esta grande escultura afetiva, repleta de memórias.

Resistimos a intimidade por temer o que pode vir à tona do passado para a vivência do agora.

Certamente surgirão lugares de dor e desconforto, que precisam sair, ser expressados, para esvaziar-nos e abrir espaço para o prazer e o amor genuíno.

Mas a pergunta é: como comunicar a verdade do que se está sentindo, experimentando, na intimidade?

Primeiro: iniciar um movimento de entrega ao teu próprio corpo, ao autoexame, à entrada no agora, apurando teus sentidos, aprendendo a respirar, a te escutar, a te tocar, a te sentir.

Atravessando o endurecimento íntimo pelos ritmos da vida em que não há tempo para estar em contato com as próprias entranhas e muito menos para chorar, soltar a pressão e a dor.

Segundo: começar a experiência. Não esperar um milagre.

Seguirás vivendo relações que te farão voltar aos mesmos lugares – não enfrentados, não curados. E não será o gozo momentâneo, seja no sexo ou na masturbação que cessarão teu desejo por intimidade.

Não há como escapar deste chamado – ainda bem!!! É na intimidade – a sós ou em comunhão a dois – que vivenciamos a verdade: o amor está no entre; entre meu corpo e alma e entre a existência do outro e a minha existência.

Confia! E vai. Vai pra ti. E depois vai pro outro com tudo o que és.

E eu sigo, ao teu lado, pra te ajudar no que puder. ⠀⠀

Bençãos de coragem, fé e amor

Fernanda Franceschetto
fêmea, mãe, escritora, gestalt-terapeuta, atriz, jornalista e mística moderna⠀⠀

www.fernandafranceschetto.com⠀⠀⠀⠀
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