Coração – tema V – Vulvoscopia FF

Vivemos em tempos onde falar de AMAR virou tabu.

As mulheres “ fortes “ não se permitem assumir o radical desejo de amar e de serem amadas.
Não é moderno. Não é cool. Não é ativismo.
Parece que AMAR virou coisa de mulher fraca, romântica, ignorante, não politizada.

Sinto muito. Doi a alma ver tanta mulher maravilhosa sofrendo para sustentar discursos e comportamentos que seguem fazendo mal a elas mesmas e aos outros.

A libertação feminina não acontece apenas na mente e na atuação no mundo, depende essencialmente do estado de presença e conexão com o próprio corpo, através da sexualidade consciente e da transmutação das dores emocionais sofridas: no coração estão as verdadeiras sombras que impedem a mulher de arrancar a máscara e ter coragem de assumir-se como realmente é e libertar-se do patriarcado.

A cada relação – seja em que nível for – nos deparamos com nós mesmas e com medos abissais de sermos oprimidas, usadas, rejeitadas, abandonadas, ou seja: não amadas.

Traumas e feridas violentas dependem de aprofundamento do trabalho sobre si para haver cura, para nos aceitarmos e nos amarmos exatamente como somos, com toda a nossa história. E talvez, em paz, inteiras, e a partir do autêntico amor próprio, poderemos estar seguras para expressar com tranquilidade e sem tabu, que sim: “ eu posso e eu quero amar. E também posso e quero ser amada.” .⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

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Autora: Fernanda Franceschetto
Comunicadora, jornalista, atriz, terapeuta gestalt e tântrica.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Vulvoscopia FF: A jornada íntima para tornar-se mulher
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